Aparecida

1º mandato de Mendanha passou sem qualquer realização ou marca

Com o apoio de Maguito Vilela, Gustavo Mendanha, do PMDB, obteve 122.122 votos, o que corresponde a 59,99% dos votos válidos, na época, contra 42.966 de Marlúcio Pereira (PSB), ou seja, 21,11%. Professor Alcides (PSDB) teve 38.944 votos, o que corresponde a 18,91%.
O 1º mandato já se foi. No início de seu 5º ano como prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha não conseguiu deslanchar a sua administração: a pavimentação asfáltica não chegou aos bairros, não houve e não há reformas de escolas (enquanto todas as administradas pelo Estado foram modernizadas) nem construção de novas unidades de ensino, muito menos Cmei’s, agravando o déficit de vagas na Educação Infantil para as crianças aparecidenses. Na Saúde, os prédios municipais estão aos cacos e faltam profissionais e equipamentos médicos.
O hospital municipal está, há dois anos, mergulhado em uma crise de gestão, tendo sido até alvo de operações policiais que investigam corrupção na gestão de Mendanha. A expectativa de construção de novas praças, iluminação pública e praças de esporte não se confirmou. Uma obra faraônica e cara – a sede da prefeitura, denominada Cidade Administrativa, aliás construída por Maguito – foi inaugurada com festa por Gustavo Mendanha, com um coquetel para convidados especiais. O povo ficou longe.
O prefeito não cumpriu a promessa de espalhar 650 novas câmeras de videomonitoramento pelas ruas e avenidas de Aparecida para dar segurança à população. No lugar, um número muito menor foi instalado. Também não passou de discurso o compromisso de que, com a Cidade Administrativa, haveria economia no pagamento de aluguéis de imóveis, redução dos gastos com combustíveis e de manutenção de carros da prefeitura – que não precisam mais se deslocar entre secretarias – e diminuição nas contas de telefone, vez que agora secretários e servidores podem interagir pessoalmente, no mesmo prédio. Isso, hoje, transformou-se em uma piada de mau gosto.
A chamada transparência na gestão, tão repetida nos discursos do prefeito, não ocorreu de fato, o que mergulhou a prefeitura em um ambiente nebuloso de dúvidas sobre a correta utilização do dinheiro público, principalmente em relação a licitações vencidas sempre pelas mesmas empresas.
Para quem prometeu uma “gestão modelo”, é muito pouco a inauguração de seis Unidades Básicas de Saúde (UBSs), uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e um Centro de Especialidades em quatro longos anos.
Também não se efetivou a mensuração de resultados na Saúde, a telemedicina e o investimento na qualificação profissional dos servidores da área, que viria sob o guarda-chuva de uma parceria com o renomado Hospital Sírio- Libanês com o hospital municipal, o que acabou ficando no plano das intenções.
Também não se concretizou a construção de mais quatro eixos estruturantes, no sentido Leste-Oeste, prometidos por Mendanha, que se somariam aos outros cinco eixos semelhantes, no sentido Norte-Sul, já existentes na cidade, obra de Maguito.
Mendanha também não conseguiu implementar, nas escolas da rede municipal, o ensino de robótica, outro setor em que o marketing foi pesado. “A robótica ativa o interesse dos alunos em inglês, química e outras matérias”, ensinou o prefeito Gustavo Mendanha ao fazer a promessa, mas nenhum passo, sequer curto, foi dado nesse sentido.

Gestores eleitos como postes acabam em fiasco administrativo

Nas prefeituras, nos governos estaduais e na União, são incontáveis os exemplos das criaturas que não repetiram os feitos dos seus criadores, a exemplo de Gustavo Mendanha e Maguito Vilela.
Em Aparecida de Goiânia, dois casos exemplificam esse fiasco anunciado: José Macedo, inventado por Ademir Menezes, não teve êxito à frente da prefeitura, não conseguindo nem mesmo se candidatar à reeleição em 2004. Outro que não seguiu os ensinamentos do chefe Norberto Teixeira na prefeitura: Sebastião Viana.
Em Itumbiara, uma das principais cidades do Estado, há um exemplo clássico: o herdeiro político do prefeito Zé Gomes da Rocha, que morreu tragicamente, foi seu primo, Zé Antônio, que, eleito prefeito, realizou uma gestão desastrosa – ficou em 4º lugar ao tentar se reeleger em 2020.
Em Goiânia, outro exemplo de criatura que não seguiu o exemplo do criador: Paulo Garcia (PT), vice-prefeito de Iris Rezende, assumiu mandato por dois anos e depois foi reeleito para mais quatro, sempre com o apoio do velho cacique emedebista. Sem vocação para a gestão pública, Paulo Garcia não seguiu a cartilha de Iris, conhecido no País como “tocador de obras”. O petista realizou uma gestão pífia e terminou o mandato em total isolamento político e com alta impopularidade, chegando a inacreditáveis 95% de rejeição entre os goianienses.
No governo de Goiás, dois exemplos de executivos que não seguiram as pegadas do chefe Marconi Perillo: Alcides Rodrigues e José Eliton, ambos com administrações pífias, apagadas, sem obras, sem brilho, sem marcas.
No governo federal, o caso mais visível é o da presidente Dilma Rousseff. Inventada por Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma mostrou não ter vocação para o Executivo, principalmente no seu 2º mandato, mergulhando o País na inflação, no desemprego e na crise econômica, até ser afastada por um impeachment. (H.L.)

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