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Drone que faria entrega de drogas e celular na CPP é interceptado pela Polícia Penal

Aparelho e porções de droga sintética K4, conhecida como supermaconha, seriam lançados para detentos que ainda não foram identificados pelo sistema penal

Suely Carvalho

Um veículo aéreo não tripulado, Drone, foi interceptado na manhã de segunda-feira, 3, por policiais penais da Casa de Prisão Provisória (CPP) de Aparecida de Goiânia, no momento que fariam a entrega de entorpecentes e eletrônicos para detentos do sistema prisional. O veículo contendo um celular e diversas porções de substância análoga à droga sintética K4, conhecida como supermaconha, seriam lançados dentro do pátio da unidade prisional.

Policiais do Grupo de Operações Penitenciárias Especiais (Gope), após capturarem o instrumento,  realizaram minucioso procedimento de ronda externa nas proximidades do presídio, em busca dos responsáveis por operar o aparelho, sem êxito.

A Diretoria Geral de Administração Penitenciária (DGAP), informou ao Diário de Aparecida que foi aberto nesta terça-feira, 4, um procedimento administrativo para apurar os responsáveis pela entrega e pelo recebimento da mercadoria e serem aplicadas as devidas sanções disciplinares.

A droga apreendida foi encaminhada à delegacia de Polícia Civil. O drone e o celular foram apreendidos. A DGAP ressalta que  o rigor empregado pelas equipes policiais para evitar a entrada de itens ilícitos em unidades prisionais está em conformidade com as políticas da DGAP, segundo as diretrizes do Governo de Goiás e da Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Estado, no intuito de manter a disciplina nos presídios.

Droga Sintética K4 liderou número de apreensões entre 2020 e 2021

De acordo com balanço divulgado pela DGAP, a apreensão de drogas nos presídios do Estado de Goiás, reduziu em 14,65%. Entre os anos de 2020 e 2021, o  número de drogas apreendidas fora das unidades prisionais, somaram cerca de 84 mil quilos, enquanto a quantidade interceptada dentro, equivalente aos dois anos, foi de aproximadamente 23 mil quilos de drogas.

O item que lidera os números de apreensão, tanto em 2020 quanto em 2021 é a maconha sintética K4. Ela é formada por substâncias que simulam ou têm reação muito parecida com o THC, que é o princípio ativo da droga, porém, 100 vezes mais potente.

Na forma líquida, ela é borrifada em pedaços de papel na tentativa de burlar a vigilância dos agentes penitenciários. O papel é seccionado em pequenos segmentos, os quais têm sido comercializados, em média, por R$ 30 cada um.

Já o LSD, outra droga sintética bastante popular, saltou de 1.000 unidades em 2020 para 7.633 comprimidos apreendidos em 2021 (um crescimento de 663%).

Por outro lado, o material semelhante ao haxixe foi a droga que teve maior percentual de redução na entrada das unidades prisionais; em 2020 foram apreendidas 790 gramas da substância e em 2021 somente seis gramas do material (diminuição de 99%). (S.C.)

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