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Ser ministro no governo Lula: esse é o projeto de Daniel Vilela

A questão nacional passou a ter uma importância enorme para o MDB goiano a partir da liberação do ex-presidente Lula, que recuperou a sua elegibilidade e será candidato, com grandes chances, ao Palácio do Planalto.

Daniel Vilela foi deputado federal juntamente com Baleia Rossi, que preside a legenda. Os dois desenvolveram uma forte amizade, com Baleia indicando, na época, o colega goiano para presidir comissões de destaque na Câmara e relatar matérias de repercussão. Este ano, quando se candidatou à sucessão de Rodrigo Maia, o parlamentar veio a Goiás para garimpar votos entre os 17 deputados da bancada federal do Estado e motivou os primeiros contatos de Daniel Vilela ao governador Ronaldo Caiado, para articular apoio à sua candidatura.

A prioridade absoluta de Baleia Rossi, para 2022, não é vencer eleições para governador em Estado algum e, sim, recuperar o número de deputados federais que o MDB tinha no passado e reconquistar o protagonismo dos bons tempos. Então, o foco não é correr riscos gastando energia com eleições majoritárias e, sim, estabelecer alianças que possibilitem conquistar – no caso de Goiás – pelo menos dois deputados federais, se possível três no cenário ideal, ajudando o partido a ocupar espaço com uma bancada poderosa em Brasília e inclusive abrindo as portas para uma parcela maior do milionário Fundo Partidário. Na Legislatura anterior, o MDB chegou a 66 deputados federais.

Levou um tombo em 2014/18, quando caiu para 34, desempenho pífio para o qual Daniel Vilela deu a sua “contribuição” ao inventar uma candidatura suicida a governador e deixar como consequência a sigla completamente sem representação na Câmara quanto a Goiás.

Daniel Vilela, em 2022, não tem como fugir ao chamado de Baleia Rossi para providenciar a eleição de pelo menos dois deputados federais pelo MDB goiano, para o quê uma nova aventura como postulante pela oposição ao Palácio das Esmeraldas seria o maior desestímulo, enquanto uma aliança com a chapa da reeleição de Caiado possibilitaria espaço para articular e compor situações que viabilizariam nomes para lançar à Câmara e, melhor ainda, criando condições para a eleição de um ou de outro.

Há um diferencial extremamente motivador para o filho e herdeiro político de Maguito Vilela: pelo apoio que já está dando a Lula e dará em 2022, o MDB se credenciará, caso conquiste uma bancada expressiva no Congresso, a indicar alguns ministérios. E Daniel Vilela, segundo Baleia Rossi, poderá ser um dos bafejados, podendo assumir um eventualmente recriado Ministério dos Esportes – que já existiu e foi convertido por Jair Bolsonaro em Secretaria Especial do Ministério da Cidadania. Um futuro, como se vê, brilhante para o atual presidente estadual do MDB.

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