Editorial

Conservadorismo

Os resultados das eleições do 1º e 2º turnos em Goiás comprovam uma significativa tendência da população estadual para uma visão conservadora do mundo, ao se espelhar na forte vantagem de Jair Bolsonaro sobre Lula da Silva.

 

Dizem os cientistas políticos que se trata de um efeito decorrente da base econômica do Estado, fortemente ancorada no agronegócio e ainda incipiente e refratária ao dinamismo social que emergiria naturalmente de um avanço do setor industrial – que, aliás, em Goiás encontra-se atrelado à produção do campo, através do parque fabril voltado para a transformação de matérias primas como o milho, a soja e as carnes em alimentos.

 

Na verdade, não são muitos os que sabem ou entendem o que é ser conservador. Em Goiás, esse conceito está vinculado ao antipetismo, quando deveria expressar um posicionamento mais prudente quanto às mudanças da sociedade – irreversíveis – e não uma resistência negativa e definitiva a elas. Além disso, o conservadorismo é pacífico por natureza e rejeita o ataque bélico a quem quer que seja. O goiano é conservador, sim, mas reacionário, em sua maioria, não.

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