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Reatamento com Vanderlan dá sequência à conspiração

O inesperado encontro do prefeito de Aparecida, Gustavo Mendanha, com o senador Vanderlan Cardoso na última quarta-feira, 16, em Brasília, marcou não só a reaproximação entre os dois – rompidos desde a traumática eleição do ano passado em Goiânia, como também mais um passo nas articulações contra o acordo do MDB com o governador Ronaldo Caiado e, em especial, a indicação de Daniel Vilela para vice na chapa da reeleição de Caiado.

Vanderlan e Mendanha trocaram porretadas na campanha de 2020, quando o senador, por exemplo, acusou o prefeito de abandonar a sua cidade ao léu para ir para a Capital fazer campanha para Maguito Vilela, que acabou sendo eleito, embora sob acusação de estelionato eleitoral.

Oficialmente, a visita de Mendanha a Vanderlan se deu com o objetivo de tratar da autorização de um financiamento em dólares para Aparecida, que o Senado Federal precisa avalizar. Mas isso é lorota. O pedido para o empréstimo ainda está no estágio inicial do Ministério da Economia, onde ainda a sua conveniência será avaliada e tão cedo não chegará ao Senado, se chegar. Além disso, se a desculpa para a reunião fosse verdadeira, Mendanha teria procurado também os outros dois senadores por Goiás, Jorge Kajuru e Luiz Carlos do Carmo, esse, inclusive, do mesmo partido do prefeito, o MDB.

Por que Mendanha, que costuma guardar ressentimento de quem fica contra ele em questões políticas, procurou Vanderlan? A resposta é simples: ele ouviu dizer que o senador é contra a aliança do DEM com o MDB e também contra a presença de Daniel Vilela na chapa da reeleição do governador Ronaldo Caiado, por motivos que vão desde traumas adquiridos na campanha em Goiânia (Vanderlan foi candidato contra Maguito Vilela) até ambições próprias, como a de afastar Daniel do caminho das suas pretensões, tanto com uma nova candidatura a prefeito da Capital como a governador em 2026.

Mendanha viu mais uma brecha aberta para a sua articulação contra a composição do MDB com Caiado em 2022, mesmo beneficiando seu “irmão” Daniel Vilela com uma candidatura certa a vice ou a senador e outra, ainda mais importante, a governador na eleição subsequente. Para a sua “guerra fria” contra o filho de Maguito, foi buscar o apoio de Vanderlan.

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