Editorial

Editorial Especial 100 anos de Aparecida- Centenário

Chegou a data da comemoração dos 100 anos da fundação de Aparecida, o seu tão aguardado e esperado Centenário. A efeméride é oportuna para uma avaliação lúcida sobre a situação atual do município e os desafios que se colocam para o seu desenvolvimento social e econômico.

Os pioneiros, no passado, imaginaram que a semente por eles plantada devolveria um dia frutos que beneficiariam todos os que já viviam na nascente comunidade e seus descendentes e também aqueles que por opção para cá viriam. A expectativa, sem dúvidas, era que as conquistas civilizatórias seriam alcançadas com mais facilidade dentro de um contexto de cidade autônoma e independente – não apenas um apêndice a mais entre os municípios goianos, na época.

Tanto tempo depois, qual é a realidade de Aparecida? Ainda falta muito por fazer. Dezenas de bairros não contam com o asfalto que evita doenças e dá mais conforto para a vida cotidiana, entre 7 e 10 mil crianças não conseguem vagas nos CMEIs que ministram a preciosa Educação Infantil e, o que é muito pior, milhares de famílias passam fome, enfrentando o drama da Insegurança Alimentar, que consiste em não saber hoje o que se terá na mesa do almoço amanhã.

A recém-encerrada gestão aparecidense, a cargo do primeiro prefeito nascido na cidade, não justificou a que veio. Gustavo Mendanha teve um 1º mandato em que não conseguiu fixar marcas ou realizar obras capazes de concorrer com antecessores do porte de Maguito Vilela e Ademir Menezes, esses, sim, administradores que conquistaram um lugar na história pelo dinamismo e volume de ações a favor da população.

O 2º mandato de Mendanha foi curto. E o do seu sucessor Vilmar Mariano mal começou. Não é possível, por enquanto, qualquer prognóstico sobre para onde o município evoluirá. A prefeitura precisa reagir, superar os problemas históricos de ineficiência e aproveitar a hora para se afirmar e mostrar serviço. Antes que seja tarde demais e os 100 anos venham a ser lembrados como um marco de desolação, sem as necessárias soluções demandadas pelos imensos desafios que persistem em Aparecida.

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