Editorial

Marketing

A grande falha do marketing político praticado em Goiás sempre foi a insistência em vender candidatos, no rádio e televisão, como produtos de consumo – em nada diferenciados de uma caixa de sabão em pó ou, em casos magnificados, quando não falta dinheiro, de um lançamento de um novo automóvel.

 

Isso leva a uma distorção que, na verdade, afasta os eleitores e reduz a votação. Efeitos especiais, gente bonita sorrindo, frases de efeito e um conteúdo que não corresponde à realidade podem até ter funcionado no passado, mas não mais hoje com os níveis de consciência alcançados pelos mais diversos segmentos da população.

 

Assistimos na presente campanha eleitoral manifestações desse fenômeno que busca a enganação e não a transmissão de uma imagem sincera e honesta. Assim, quem deseja se tornar senador, por exemplo, baseia sua pretensão em obras executadas no passado como ocupante de cargos executivos, o que nada tem a ver com o mandato senatorial.

 

Ou então em posições equivocadas que não atendem aos interesses do Estado, como é o caso de João Campos – cujo desejo é ir para a Câmara Alta para ajudar o presidente Jair Bolsonaro a combater o Supremo Tribunal Federal. Isso é falta de juízo.

 

Quanto aos candidatos a governador, o cenário é um pouco melhor. Ronaldo Caiado tem tanto tempo no rádio e TV que pode se dar ao luxo de prestar contas, mostrar a sua movimentação e formular propostas com amplo detalhamento.

 

Não é o que se pode dizer de Gustavo Mendanha, Vitor Hugo e Wolmir Amado, os dois primeiros aprisionados em segundos de exibição e o último completamente desfocado como um gaúcho arrogante que acredita ter vindo para Goiás para dar aulas de moral e cívica aos goianos.

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