Aparecida

Sem força em Brasília, Aparecida deixa de receber verbas federais

Além de romper as parcerias administrativas com o governo do Estado e a prefeitura de Goiânia, o prefeito de Aparecida Gustavo Mendanha também perdeu a mão quando ao encaminhamento de recursos federais para o município que governa.

Se, no seu 1º mandato, Mendanha viajava periodicamente para Brasília atrás de verbas, em especial para o setor de Saúde e para a Educação, nas quais a União é pródiga, agora, com 6 meses já transcorridos por conta do 2º mandato, o prefeito parou de marcar presença na capital federal e de apresentar projetos para viabilizar investimentos em Aparecida.

Em vez de trabalhar os órgãos nacionais que dispõem de recursos para os municípios, todos sediados em Brasília, Mendanha passou a viajar para municípios goianos onde, diz, procurar articular uma frente de oposição para se contrapor à reeleição do governador Ronaldo Caiado, em 2022.

Na prática, ele abandonou Aparecida, ou melhor: entregou a gestão da prefeitura para os secretários, que, por sua vez, não ousam tomar decisões importantes com receio de contrariar ou de desagradar o prefeito.

Um episódio, há poucos dias, mostrou a falta de penetração de Mendanha em Brasília: ele passou horas no Palácio do Planalto aguardando por uma audiência com o presidente Jair Bolsonaro, que no final das contas não o recebeu.

O encontro havia sido articulado pelo senador tocantinense Eduardo Gomes, do MDB, líder do governo no Congresso, que tem interesses em Aparecida, embora ainda não revelados. Ele foi investigado pela Operação Miquéias, da Polícia Federal, que apurou desvio de recursos em aplicações previdenciárias no Tocantins e em Goiás, no caso exatamente na prefeitura aparecidense.

Ele tentou ser recebido por Bolsonaro de todas as maneiras, acionando, do Palácio do Planalto, o senador Vanderlan Cardoso, bolsonarista convicto, para ajudar a abrir as portas do gabinete do presidente. Porém, inútilmente.

Mendanha queria uma foto com Bolsonaro para postar nas redes sociais, atendendo a um conselho do militante de direita Gustavo Gayer, do qual se aproximou depois de protagonizar, com Gayer, uma live no Facebook.

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