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Goiânia e maiores municípios cumprem o decreto estadual, Aparecida segue desobedecendo

Da Redação

Depois de avaliar a possibilidade de adotar o modelo de isolamento intermitente do comércio, indústria e serviços de Goiânia, por regiões, no que acompanharia o padrão adotado pelo prefeito Gustavo Mendanha em Aparecida, o prefeito Rogério Cruz recuou e decidiu que a capital vai seguir o decreto do governador Ronaldo Caiado que instituiu em Goiás o sistema 14×14, ou seja, 14 dias de portas fechadas e na sequência 14 dias de reabertura e assim consecutivamente até o arrefecimento da 2ª onda da pandemia.

Cruz e sua equipe entenderam que “o combate à pandemia se faz com união política, e não com divergências”, conforme declarou o secretário municipal de Governo Arthur Bernardes. Com o posicionamento da prefeitura de Goiânia, Aparecida continua como o único município acima de 100 mil habitantes, no Estado, a implantar uma estratégia discrepante, que, na prática, mantém 60% das atividades não essenciais abertas diariamente e estimula aglomerações – como as que foram observadas no Buriti Shopping e na avenida da Igualdade, no setor Garavelo.

O decreto estadual que instituiu o esquema 14×14 é baseado na ciência e visa a descontinuar o ciclo da Covid-19, que dura, em média, duas semanas. É exatamente por isso que os setores mais ativos da economia e da sociedade precisam ser paralisados ou reduzidos significativamente durante, pelo menos, esse tempo, sem interrupções, reduzindo a propagação do vírus.

Atacado pela doença, juntamente com a maior parte da sua família (pai, mãe, 5 tios, dois filhos e a esposa), Gustavo Mendanha está recolhido em casa por recomendação médica, de onde posta vídeos nas redes sociais argumentando a favor do escalonamento intermitente por regiões. A crítica é que essa regra, além de não afetar a evolução da Covid-19, acaba priorizando os interesses dos empresários, que querem abrir as portas a qualquer custo, em detrimento da proteção aos 600 mil moradores de Aparecida.

O município, segundo a prefeitura, está no cenário laranja ou crítico, com risco alto, mas, segundo a Secretaria estadual de Saúde, o cenário aparecidense é vermelho ou de calamidade, que tem potencial para trazer consequências gravíssimas se a pandemia entrar em descontrole e o sistema de Saúde, já esgotado, colapsar ainda mais.

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