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Editorial: A falácia de Mendanha

Com estardalhaço em suas redes sociais, o prefeito Gustavo Mendanha anunciou no início de outubro ter recebido o importante apoio do ex-governador Agenor Rezende, do MDB, depois de uma reunião em sua casa na cidade de Mineiros.

Pouco mais de duas semanas depois, a verdade veio à tona. A informação divulgada pelo próprio Mendanha não era verdadeira. Em outras palavras, uma mentira, no caso, uma grande mentira.,

Agenor Rezende, que foi governador de Goiás em substituição a Maguito Vilela, por nove meses, em 1998, quando o titular renunciou ao mandato para disputar e ganhar uma vaga no Senado da República, é um emedebista da melhor cepa, que jamais fez parte de outro partido que não o MDB. Foi vereador, presidente da Câmara, deputado estadual e presidente da Assembleia, de onde saiu para exercer o mandato de governador tampão. Em seguida, foi prefeito de Mineiros.

Trata-se de um homem sério e um político responsável, que exerce influência expressiva na região Sudoeste do Estado, berço do agronegócio em Goiás e base histórica do governador Ronaldo Caiado. Quando Mendanha anunciou que contava com o seu apoio para a aventura de se candidatar ao Palácio das Esmeraldas, a notícia causou estranheza e não sem motivo muita surpresa.

Pois tudo não passou de uma fake news plantada pelo prefeito em seu mundo de fantasia, no qual imagina ser um líder das multidões e um “mito”, conforme ele mesmo diz a jornalistas amigos. Agenor Rezende, na semana passada, recolocou as coisas no seu devido lugar, recebendo Caiado e o presidente estadual do MDB em sua casa, em Mineiros, e reafirmando o seu apoio à aliança celebrada pelo governador e pelo filho e herdeiro político de Maguito Vilela.

Não havia, como nunca houve, qualquer apoio de Agenor Rezende a Mendanha. Por cortesia, quando recebeu a visita do prefeito aparecidense, o ex-governador deixou-se fotografar ao seu lado. Mendanha usou o registro, depois, para afirmar nas suas redes sociais que tinha recebido o apoio de Agenor Rezende, ao qual fez elogios rasgados no post mentiroso.

Não se constrói um projeto de futuro para Goiás tendo como alicerce embustes e patranhas, como quer o sr. prefeito. Nem com traições e deslealdades – a quem ele chamava de “irmão”, Daniel Vilela, e à memória do seu pai Léo Mendanha e do seu padrinho Maguito Vilela, todos eles com uma vida de fidelidade aos companheiros e ao MDB. Exemplos, dentro da própria casa, que o ególatra de Aparecida jogou no lixo ao se propor a uma grandeza que não tem e nunca terá, diante do triste caminho que escolheu.

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