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Diálogo entre Caiado e Daniel está evoluindo rumo a uma composição

Há sinais de que as conversas políticas entre o presidente estadual do MDB, Daniel Vilela, e o governador Ronaldo Caiado estão evoluindo. Logo após o rompimento da cambulha de auxiliares ligados ao partido com o prefeito Rogério Cruz (Republicanos), Daniel e Caiado já teriam mantido contatos. O tema das conversas é a composição de aliança com vistas à reeleição do democrata, tendo possivelmente um representante do MDB na chapa majoritária.
Obra do acaso ou não, após a suposta conversa que houve entre eles, Daniel Vilela teve audiência com o presidente nacional do MDB, deputado federal Baleia Rossi (SP), em Brasília, e andou dialogando com alguns emedebistas importantes nestes últimos dias. Curiosamente, o ex-deputado federal Euler Morais, considerado o fiel aliado de Maguito e Daniel, deve passar a compor a assessoria do deputado federal José Mário Schreiner (DEM), um dos políticos mais próximos do governador Ronaldo Caiado.
Não bastassem os sinais elencados acima, ultimamente saíram notas em colunas com a informação de comentários simpáticos de Daniel à tese de aliança com o governador Ronaldo Caiado. Em tempo: Daniel insiste que, mesmo na hipótese de não haver aliança MDB-DEM, ele não aceita sequer conversar sobre aliança com o PSDB do ex-governador Marconi Perillo. Aliás, há que se ressalvar que a aproximação entre MDB e tucanos é assunto explosivo entre os emedebistas. Já em relação ao DEM, o tema agrada a praticamente a totalidade do grupo de Daniel Vilela.

Oposição procura qualquer um para disputar o governo

Um grupo de líderes da oposição em nível estadual vem conversando sobre a estruturação de um projeto político-eleitoral para enfrentar o governador Ronaldo Caiado (DEM) como candidato à reeleição em 2022. Dentre os integrantes do grupo, destaque para o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), Sandro Mabel; para os deputados federais Professor Alcides (PP) e Magda Mofatto (PL) e ao PSD, cujo presidente, Vilmar Rocha, tem declarado que o partido não tem compromisso fechado com nenhum dos lados por enquanto.
A posição do PSD, segundo Vilmar, será tomada até março do próximo ano, mês da “janela” partidária, em que os atuais detentores de mandato parlamentar podem mudar de partido sem correr o risco de perder os mandatos. Há, no entanto, um compromisso firmado pelo senador Vanderlan Cardoso de apoiar a candidatura à reeleição de Caiado, já reiterado pelo próprio senador. O acordo foi pactuado por ocasião da definição das candidaturas para prefeito de Goiânia em 2020, quando o democrata deu apoio à sua candidatura.
Há também o fator da provável candidatura do ex-presidente do Banco Central nos governos Lula, Henrique Meirelles, que logo após se filiar ao PSD estadual, há dois meses, manifestou o interesse em sair candidato a senador na chapa do governador Ronaldo Caiado.
Em princípio, o nome mais cogitado desse grupo para representar a oposição é o do prefeito de Aparecida, Gustavo Mendanha, que enfrenta desgastes acentuados neste início do segundo mandato, por dois motivos: a frustração de expectativas por parte da população quanto às respostas às demandas dos aparecidenses. Alguns dos principais veículos de comunicação de Aparecida têm dito que o prefeito Gustavo “ainda não disse a que veio nos primeiros meses do seu segundo mandato”.
Outra dificuldade de Gustavo Mendanha para aceitar disputar a eleição majoritária é a falta de confiança no vice, Vilmar Mariano, a quem seria entregue a administração do município faltando ainda dois anos e nove meses de mandato. Segundo informações de bastidores em Aparecida, Mendanha e o seu vice andaram se estranhando e “não estão mais rezando na mesma cartilha”.
Uma alternativa do grupo para disputar o governo seria o ex-governador Marconi Perillo (PSDB), que, por sua vez, vem deixando claro que o seu projeto para 2022 é a candidatura a deputado federal, para não correr o risco de ficar sem mandato por mais quatro anos. O tucano, no entanto, corre o risco de ter a pretensão de candidatura barrada pela Lei da Ficha Limpa, na hipótese de sofrer condenação em alguma ação e haver confirmação na segunda instância.
Nesse caso, há outros dois nomes lembrados para que um deles seja indicado representante da oposição na corrida ao governo: o ex-prefeito de Trindade Jânio Darrot (Patriota), que foi também deputado estadual, e o ex-deputado Sandro Mabel. Ambos já possuem experiência política de mandatos eletivos. Mabel foi candidato a prefeito de Goiânia pelo PMDB em 1992, quando perdeu a disputa para Darci Accorsi (PT) e se elegeu para a Câmara Federal em mais de um mandato. Atualmente, Mabel é presidente da Fieg. (D.O.)

Chapa da reeleição tem nomes sobrando para a vice e o Senado

Se do lado dos adversários do governador Ronaldo Caiado faltam nomes para compor a chapa majoritária, do lado do democrata ocorre o contrário, porque há excesso de pretendentes para as vagas de vice e de postulantes ao Senado. Isso se dá, naturalmente, pelo entendimento geral de que Caiado vem fazendo um bom governo, de acordo com as possibilidades do momento de pandemia.
Seu desempenho na condução das questões do enfrentamento à Covid-19 é reconhecido pela grande maioria da população, segundo as últimas pesquisas divulgadas sobre o tema. E os poucos recursos disponíveis vêm sendo usados em obras de manutenção e restauração de rodovias e de prédios públicos, como escolas, segurança pública e saúde (além de novas unidades, como as Policlínicas de Posse e Goianésia). Somam-se os programas de apoio a pequenos empresários e à população vulnerável.
Caiado possui uma característica ímpar no currículo, que é a sua honestidade e a intransigência com a corrupção. É comum ouvir ressaltando essa sua qualidade: “O Caiado é honesto e não aceita práticas de corrupção no seu governo.” Isso vai pesar em 2022.
O jornalista Batista Custódio, fundador e editor-geral do jornal Diário da Manhã, gosta de obras físicas, o que não leva ninguém a ganhar eleição. Segundo ele, se obras físicas fossem pré-requisito para alguém vencer eleição, os grandes pensadores da humanidade teriam se preocupado em construí-las. “No entanto, nenhum deles é lembrado por ter construído alguma coisa concreta, mas, sim, pelas ideias que foram deixadas para a História”, afirma. (D.O.)

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