Notícias

Vaga de vice na chapa de Caiado é “disputada” por cinco postulantes

As eleições de 2022 ainda estão distantes, mas os partidos já se movimentam em busca de espaço para a composição da chapa majoritária – governador, vice e senador. Legendas da base governista e até aquelas que estão chegando para compor com o Palácio das Esmeraldas já apresentam nomes, por exemplo, para o cargo de vice-governador na chapa de Ronaldo Caiado.
A candidatura a vice é escolhida entre as forças partidárias obedecendo a critérios especiais como o de densidade eleitoral e afinidade política com quem for o cabeça de chapa, no caso, o governador. O nome de vice, em qualquer disputa – presidente da República, governador ou prefeito –, só é definido aos 45 minutos do segundo tempo, ou seja, durante as convenções partidárias, após muitas conversações, articulações, composições e acordos políticos entre os partidos.
As legendas da base governista que não apresentam nomes para uma eventual candidatura a vice-governador estão de olho, efetivamente, na disputa para a única vaga ao Senado. É o caso do PSD, que tem o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles, e o Republicanos, que apresenta João Campos, deputado federal e presidente da sigla em Goiás.
Nas raras entrevistas que tem concedido para falar sobre as eleições de 2022, Caiado evita aprofundar sobre nomes e futuras composições partidárias. O governador prefere deixar para a partir de janeiro o início da “agenda eleitoral”, mesmo porque as convenções, que é quando acontecem as definições sobre candidaturas, só ocorrerão em agosto do ano que vem.

Vice é sinônimo de encrenca, mas não em Goiás

Em Goiás, os vices normalmente não provocam “dor de cabeça” depois de eleitos e convivem de forma tranquila com o titular do cargo. Tanto no período em que os governadores eram nomeados pelo regime militar quanto na fase democrática, os vices sempre foram “afinados” com os governadores.
O cargo de vice-governador é necessário para a imediata substituição do titular em caso de eventual ausência do titular. Além disso, o vice-governador auxiliará o titular do mandato sempre que for por ele convocado para missões especiais junto ao governo central ou internacional.
A história mostra isso nas últimas décadas. Foi assim com Iris Rezende e Onofre Quinan, com Iris Rezende e Maguito Vilela, com Henrique Santillo e Joaquim Roriz, com Marconi Perillo e Alcides Ribeiro e, agora, com Ronaldo Caiado e Lincoln Tejota. Na década de 1980, Iris Rezende se licenciou do cargo de governador para assumir o Ministério da Agricultura no Governo José Sarney e o vice, Onofre Quinan, assumiu o cargo e governou o Estado em plena sintonia com o licenciado, mantendo, inclusive, o secretariado.
Da mesma forma aconteceu com Marconi Perillo e seu vice, Alcides Rodrigues, em dois mandatos. Cidinho, como era conhecido, chegou a assumir, inclusive, o cargo de secretário de Meio Ambiente, em plena sintonia com o titular. Alcides só veio a divergir de Marconi quando já estava eleito governador e o tucano havia conquistado mandato de senador. O vice atual, Lincoln Tejota, mantém relação harmoniosa com o titular Ronaldo Caiado, respalda as ações administrativas do governador, sem atritos ou divergências políticas de qualquer natureza.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo