Aparecida

Editorial do Diário de Aparecida: Prefeitura sem ação

Nesta edição, o Diário de Aparecida faz, na página 3, um apanhado sobre o início do 2º mandato do prefeito do município, Gustavo Mendanha, que levou a cidade à paralisia administrativa e ao agravamento dos desafios urbanos e sociais que persistem sem solução no município.
Até certo ponto, não se pode culpar apenas o prefeito, forçado a desaparecer da Cidade Administrativa pelo ataque massivo da Covid-19 à sua família, ao custo lamentável até mesmo da morte do seu pai, o ex-deputado estadual Léo Mendanha, e da sua própria internação para tratamento da infecção – revelando ele, só agora, que chegou a ter 50% dos pulmões tomados pelos efeitos deletérios da doença.
Ninguém trabalha em condições tão negativas assim. Mas há dois fatores a considerar: primeiro, mesmo antes desses eventos fatídicos, a gestão municipal já vinha dando sinal de descontrole, sob o impacto da queda da arrecadação de impostos e da supressão dos repasses federais em razão da falta de vigência do Orçamento 2021, deixando a União com as mãos atadas até mesmo para enviar verbas carimbadas e, segundo, faltou visão ao chefe do Executivo para acionar os mecanismos de substituição da sua presença, um dos quais seria a convocação do vice para despachar os assuntos mais prementes em seu lugar.
Acrescente-se a isso a omissão de parte do secretariado, receoso de avançar e contrariar a mão de ferro que Mendanha impõe sobre o dia a dia da gestão. E isso mais ainda em uma equipe de auxiliares de pouca personalidade, em que os cargos foram preenchidos, em sua maioria, atendendo a conveniências políticas e em raros casos mediante critérios de reconhecida e indispensável solidez técnica.
É urgente uma reação. As aparecidenses e os aparecidenses não podem pagar pelas falhas que dizem respeito à organização e ao núcleo que comanda a prefeitura. Algo deve ser feito para que Aparecida volte aos trilhos da normalidade administrativa.

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