Aparecida

Oposição a Daniel Vilela não consegue montar chapa para o diretório estadual

Ainda não está certo se haverá ou não disputa na eleição do novo diretório do MDB, remarcada para o próximo dia 2 de julho, uma sexta-feira. Embora tenha obtido uma liminar na Justiça anulando a eleição realizada no dia 18 deste mês, o deputado Paulo Cezar Martins ainda não conseguiu completar sua chapa para concorrer na nova eleição. Pelo menos foi o que ficou demonstrado numa reunião promovida por ele na manhã da última quarta-feira, 23, com supostos apoiadores, no Auditório Solon Amaral, na Assembleia Legislativa.

Ocorre que o deputado tentou, em vão, convencer o prefeito de Aparecida, Gustavo Mendanha, a sair da chapa liderada pelo atual presidente da sigla, Daniel Vilela, para integrar a sua chapa. Segundo um dos participantes da reunião, Gustavo Mendanha alegou dificuldades para mudar de chapa devido à amizade que tem com Daniel bem como a que teve com Maguito Vilela (que morreu em janeiro por complicações da Covid-19).

De acordo com um assessor, Paulo Cezar anunciou durante a reunião a intenção de propor a Daniel um acordo pelo qual cada um deles indicaria 50% da chapa. Segundo esse mesmo assessor, não se deve descartar por enquanto a possibilidade de Paulo Cezar nem inscrever chapa para concorrer na eleição, caso não consiga compor uma chapa competitiva. Caso haja disputa na eleição do diretório, a chapa que não obtiver um mínimo de 20% dos votos apurados não tem direito a fazer indicações na composição do novo diretório.

De qualquer forma, está sendo aguardada uma posição do deputado Paulo Cezar Martins sobre a composição da chapa, com ou sem acordo, após uma reflexão acerca das reais possibilidades na disputa.

Vexame: de 146 convencionais, deputado só conseguiu apoio de quatro deles

A chapa apresentada pelo deputado estadual Paulo Cezar Martins à eleição para o diretório estadual do MDB, no dia 18 último, tinha apenas quatro assinaturas – quando o exigido para o registro, segundo o estatuto interno do partido, é um mínimo de 5% ou, no caso, oito convencionais, que, no total, somam 146 com direito a voto. Mesmo assim, como a chapa foi indeferida, o deputado recorreu à Justiça, perdeu em 1ª instância, mas teve a decisão revogada por uma decisão – considerada esdrúxula por advogados eleitoralistas – do desembargador Itamar de Lima, que levou em consideração apenas a hipótese de Paulo Cezar ter algum direito prejudicado, sem especificar maiores detalhes. A direção do MDB recorreu do despacho de Itamar Lima. Mas, de qualquer forma, convocou outra convenção para o próximo dia 2 de julho, com o presidente Daniel Vilela admitindo que o partido poderá acatar o registro da chapa de oposição – ainda que faltem os requisitos básicos. Ocorre que Paulo Cezar não tem votos suficientes entre os convencionais emedebistas nem para atingir um percentual de 20%, que daria a ele o direito de indicar parte da nova Executiva. A sua chapa, na verdade, é uma bravata a mais no seu longo currículo de extravagâncias e carece de apoio até mesmo entre os diretórios ou comissões provisórias das suas bases municipais.

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