Aparecida

Aparecida sofre com carência de áreas para os momentos de lazer da população

Em maio, o DA visitou o Parque Tamanduá, único parque ecológico de Aparecida, localizado no Residencial Garavelo Park, após inúmeras reclamações dos leitores em virtude do descaso e abandono da prefeitura com o local. Pelo menos 30% da vegetação nativa dentro das dependências do parque estavam gravemente degradadas e o ecossistema do córrego, condenado. A falta de preservação do leito do córrego é a principal causadora das constantes erosões que ocorrem no bairro onde foi implantado. Mobiliário das pistas de caminhada e grades de proteção do local estão destruídos e não oferecem um lugar seguro de lazer à população. De acordo com moradores locais, nada foi feito após a publicação da reportagem.

O professor de Geografia Física da Universidade Estadual de Goiás (UEG), Bernardo Cristóvão Colombo da Cunha, lamentou que não há mais como recuperar a área degradada, porém ele alerta para a conservação. “Deveria haver uma intervenção governamental para tentar recuperar minimamente como uma área de lazer para a população porque algumas ilhas silvestres reduzidas ainda resistem com animais”, defende. “Não há mais como recuperar, mas tem jeito de conservar. Quando se desmata mais de 10% de um ecossistema, a recuperação se torna muito difícil”, lamenta. O professor ainda diz que, se não houver ações no sentido de conservação do parque, todo o ecossistema do Córrego Tamanduá estará condenado a desaparecer em breve.

De acordo com o professor universitário, apenas uma pequena região da nascente do Córrego Tamanduá está dentro dos domínios do parque e mesmo o que deveria estar preservado pela unidade de conservação está em situação de abandono e descaso. “Um córrego é um organismo vivo. Se você isolar uma parte dele e degradar o restante, nada vai funcionar como deveria, e toda aquela vida ficará condenada a deixar de existir”, explica. Bernardo ainda diz que a vegetação nativa nas dependências do parque está em estágio avançado de degradação. “Em algumas partes, é possível perceber até clareiras causadas pela degradação”, declara. (E.M.)

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