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Esquerda, eterna derrotada nas eleições ao governo de Goiás, assedia Mendanha

O deputado federal Elias Vaz, presidente do PSB de Goiás, formalizou convite para o prefeito de Aparecida Gustavo Mendanha, trocar o MDB pelo seu partido para ser lançado como eventual candidato ao governo de Goiás nas eleições de 2022. Além do PSB, PSDB, Progressistas e PSL também já convidaram Mendanha a ingressar no partido, já que nã conseguem arranjar dentro dos seus próprios quadros um nome para enfrentar a reeleição do governador Ronaldo Caiado (DEM).

Mendanha, que caminha para sofrer uma derrota acachapante na consulta interna do MDB sobre o rumo do partido nas eleições do ano que vem – a maioria esmagadora dos quadros partidários rejeita a candidatura própria ao Palácio das Esmeraldas e defende aliança com o DEM e apoio à reeleição de Ronaldo Caiado –, ainda não decidiu se vai para uma aventura eleitoral fora de sua legenda.

O próprio Elias Vaz, em declaração à coluna Giro, de O Popular, também reconhece que o MDB dificilmente vai ceder espaço para Mendanha disputar o governo de Goiás. “No PSB, poderemos fazer uma frente de centro-esquerda, com a candidatura de Mendanha a governador, em aliança e apoio ao ex-presidente Lula na corrida ao Palácio do Planalto”, disse.

No entanto, desde 1982, quando foram restabelecidas as eleições diretas para governador no país, a esquerda (PT, PSB, PDT, PCB, PSol) nunca se saiu bem nas disputas majoritárias em Goiás. Nomes de petistas como Athos Magno Costa e Silva, Luiz Antônio de Carvalho, Valdi Camárcio, Osmar Magalhães, Marina Sant’Anna, Antônio Gomide e Kátia Maria já desfilaram como pretendentes ao governo de Goiás, com retumbantes insucessos sucessivos nas urnas. O PDT disputou a sucessão estadual com o então senador Iram Saraiva (in memorian), mas foi derrotado por Iris Rezende (MDB), em 1990.

Em 2010, foi a vez do PCB aparecer com candidato a governadora, a professora Marta Jane, que teve votação pífia. Em 2014, o PSol lançou o também professor Weslei Garcia à sucessão estadual, também com resultado ridículo. Em 2018, o PSol repetiu a candidatura de Wesley Garcia, novamente sem votação significativa.

Por ser um Estado onde predomina o agronegócio, as esquerdas não avançam na disputa por cargos majoritários (governador e senador) – essa pode ser uma explicação para a inviabilidade eleitoral da esquerda em Goiás. Apenas na corrida à prefeitura de Goiânia, as esquerdas lograram êxito: Darci Accorsi, Pedro Wilson e Paulo Garcia foram petistas que chegaram ao Paço Municipal. No interior, Anápolis, terceiro maior colégio eleitoral do Estado, já foi governado pela esquerda, com os dois mandatos de Antônio Gomide, que entretanto foi derrotado em 2020 por Roberto Naves.

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