Notícias

Quando os noivos decidem pela união, não há motivo para protelar o casamento

Depois da decisão dos noivos de que pretendem viver juntos, os pais abençoam, com os cunhados (exceto um mais ranheta apenas) e os amigos todos torcendo pelo momento da subida dos nubentes ao altar, não havendo mais por que protelar o sofrimento da espera para o casamento. Isso não é racional.”

A figura usada no parágrafo anterior é para descrever o estágio atual da relação DEM–MDB diante das eleições de 2022. Se os dois partidos já estão decididos sobre a intenção de caminhar juntos e não existindo mais impedimentos de qualquer natureza a ser contornado, talvez o mais racional seja fazer o anúncio da aliança ainda neste ano.

Os meses que restam até a chegada dezembro ou até o começo do próximo ano seriam mais bem aproveitados se forem usados para se fazer os pequenos ajustes e uma adaptação na fase de entrosamento entre as lideranças dos dois partidos, especialmente nas cidades do interior. Aproveitar este tempo para consolidar a união significaria a certeza de resolução de eventuais pequenos problemas de convivência nas bases, para quando chegar abril os dois partidos começarem a intensificar as atividades da pré-campanha.

Como estamos em julho, mês de férias em que os assuntos de política perdem força, e o próximo é agosto, mês não muito bem visto por boa parte dos brasileiros, por associá-lo a acontecimentos negativos e tragédias, o mais prudente, quem sabe, seja agendar para a segunda quinzena de setembro o anúncio da aliança dos dois partidos.

Nada melhor que coincidir o início de um novo projeto com a chegada da Primavera. Muitos acreditam que essa sintonia poderia até trazer bons fluidos proporcionados pela exuberância dos ipês floridos de roxo e amarelo, que adornam o cerrado no planalto central.

Iniciado em 2014, o caminho novo aberto por Iris Rezende e Ronaldo Caiado na política estadual, e preste a ser renovado para o próximo ano, agora em aliança dos dois partidos arquitetada por Iris, com Caiado disputando a reeleição e Daniel Vilela de vice, tem potencial para ser duradouro.

Trata-se da consolidação de uma aliança histórica. Inimaginável há 10 anos atrás, devido às diferenças e dificuldade de convivência nas bases, DEM e MDB abrem a década de 20 do Século XXI com nova mentalidade, ao mirar a união de forças visando o desenvolvimento do Estado. “Que Deus ponha virtude”, como diria o escritor regionalista Bariani Ortêncio.

Em tempo: mas o leitor pode estar se perguntando quem é, afinal, o “cunhado ranheta” mencionado no primeiro parágrafo deste texto. Trata-se de alguém que gostaria de ser o protagonista, neste caso, como sempre ocorre em muitas famílias. Mas se eu disser quem é, a referência perde a graça. Por isso, deixo a identificação do “cunhado ranheta” para a imaginação do leitor. Não é difícil.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo