PSDB goiano tem compromisso com João Doria para presidente
O ex-governador Marconi Perillo, maior liderança do PSDB de Goiás, já tem compromisso para a sucessão presidencial de 2022: João Doria, atual governador de São Paulo. Enquanto não houver um desfecho sobre a escolha do nome ou direcionamento do PSDB nacional, Perillo está engajado no projeto Doria ao Palácio do Planalto.
Como membro do diretório nacional do PSDB, Perillo pertence à “tropa de choque” de João Doria, mesmo sabendo que o tucano paulista não tem competitividade eleitoral suficiente para quebrar a polarização Bolsonaro/Lula. Já José Eliton não tem proximidade com as lideranças nacionais do PSDB, muito menos com João Doria e, por isso, terá que acatar a decisão que Perillo vier a tomar sobre o posicionamento do partido em Goiás em relação à sucessão presidencial.
De forma oportunista, Eliton embarcou na canoa do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso – a de aliança do PSDB com o PT lulista –, mas foi repreendido publicamente por Marconi Perillo. De imediato, Eliton passou a defender candidatura própria do PSDB ao governo de Goiás, mesmo sabendo que os tucanos não têm um nome capaz de enfrentar, nas urnas, o governador Ronaldo Caiado (DEM).
Desde o desastre eleitoral de 2018 – derrota para governador e senador –, o PSDB de Goiás “bate cabeça”, ou seja, não encontra caminho para se recuperar perante a população. Marconi Perillo chegou a permanecer por mais um ano em São Paulo, “exilado”, à espera da “poeira baixar” na política goiana, já que sofria um “bombardeio” do Governo Caiado, que o acusava de práticas de corrupção no exercício do poder no Estado.
Perillo também foi denunciado pelo Ministério Público e condenado pela Justiça, em 1ª instância, por improbidade administrativa. Vive de recursos às segunda e terceira instâncias do Poder Judiciário. José Eliton deixou o governo de Goiás em 31 de dezembro de 2018 também sob “fogo cruzado” dos adversários, já que, entre outras coisas, foi acusado de desviar uma rodovia, no Nordeste Goiano, para beneficiar uma fazenda de sua propriedade.
Com a chegada das eleições de 2022, o tucanato goiano parece sem perspectivas de lançamento de nomes a governador e senador capazes de empolgar o eleitorado. Diante disso, o PSDB “mendiga” alianças eleitorais com o MDB de Daniel Vilela e Gustavo Mendanha, PT de Rubens Otoni e Lula e até com o pequeno Patriota de Jorcelino Braga. (H.L.)
