Aparecida

Apoio a candidatura própria: blefe de Gustavo Mendanha

Desde janeiro último, logo após ser empossado para o 2º mandato como prefeito de Aparecida, Gustavo Mendanha passou a cumprir uma “agenda político-eleitoral”, recebendo em seus gabinetes prefeitos, ex-prefeitos e lideranças municipais, de diversos partidos, para defender a ideia de lançamento de candidatura própria, pelo MDB, à sucessão estadual.

Sem mesmo consultar Daniel Vilela, presidente estadual do MDB, nome natural do partido para uma eventual disputa ao Palácio das Esmeraldas, o que foi considerado uma “deslealdade” ao aliado político, Mendanha tem insinuado que poderia ser a alternativa da oposição a esse projeto eleitoral, em 2022. O passo seguinte de Mendanha foi percorrer os municípios goianos para “apresentar-se” aos dirigentes partidários e aos prefeitos, já que é um político desconhecido e, ao mesmo tempo, fazer “propaganda” de seu nome como pré-candidato a governador.

O levantamento do Diário de Aparecida mostrou que, dos 29 prefeitos emedebistas, mostra que apenas um – Aleomar Rezende, de Mineiros – manifestou simpatia pelo seu projeto eleitoral, assim mesmo por razões políticas locais. Assim, Mendanha “blefa” quando diz que 80% dos prefeitos do partido querem candidatura própria a governador. Ao contrário, 90% estão alinhados com o posicionamento de Daniel e Iris em favor da aliança com o DEM caiadista. Apenas ele e Aleomar discordam.

Os prefeitos emedebistas disseram a Gustavo Mendanha: não aceitam aliança com o PSDB do ex- governador Marconi Perillo, algoz do partido por 16 anos. Durante o chamado “Tempo Novo”, período em que os tucanos ocuparam o poder no Estado, a perseguição correu solta aos emedebistas do interior.

Os líderes municipais do partido desconfiam que, sem voto e desacreditado, Perillo está por trás das pretensões e das ambições de Mendanha, estimulando-o a uma “aventura” às eleições de 2022, o que vai implicar na renúncia do mandato de prefeito de Aparecida de Goiânia com o exercício de apenas um ano e quatro meses de gestão.

Gustavo Mendanha, efetivamente, não conta com apoio de nenhuma liderança expressiva do MDB goiano. Até agora apenas o deputado estadual Paulo Cezar Martins, 1º Secretário da nova Executiva estadual do partido – está alinhado com a ideia da candidatura própria. Entre as lideranças emedebistas, persiste a dúvida: irá Gustavo Mendanha trair a “memória” de Maguito Vilela, principal responsável pela sua ascensão política em Aparecida de Goiânia e também “apunhalar” o seu aliado de primeira hora, Daniel Vilela? (H.L.)

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