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Marconi tenta ganhar voto com a dor das vítimas de Covid e suas famílias

Nílson Gomes

O ex-governador Marconi Perillo voltou a divulgar vídeo em que tripudia sobre mais de 10 mil goianas e goianos levados pela Covid 19, além de quem está internado ou já se recuperou e as respectivas famílias de todos eles.  A covardia só não é maior que seu cinismo.  

1) No início e no fim do vídeo, Marconi repete que o governo federal enviou a Goiás “bilhões de reais para combater a pandemia”. É fake news. Em 2020, Goiás recebeu menos de meio bilhão (precisamente R$ 449.122.482,93) para, parceladamente, combater a Covid. O Estado investiu quase o mesmo em recursos próprios com o mesmo fim: federais foram R$ 308.494.194,65 em 2020 e R$ 40.862.118,04 em 2021. Do Estado, sem somar as obras nos esqueletos deixados por Marconi nem os equipamentos, Caiado investiu R$ 253.689.108,18. 20/03/2021.

2) R$ 27 bilhões são a soma do FPM pago pela União para 246 municípios, mais o FPE, além das emendas dos 20 parlamentares (17 deputados federais e 3 senadores) e repasses para transporte e merenda escolares. As verbas para o combate a Covid também incluem a distribuição para as 246 cidades e os hospitais de campanha, como o que foi montado com atraso e desmontado precipitadamente em Águas Lindas pelo Ministério da Saúde. 

3) “Não paga a dívida externa”. Essa demanda é entre Marconi e o STF. O Supremo está decidindo sobre o questionamento da assombrosa dívida de R$ 24 bilhões deixada por Marconi. É um dos passivos que terá de resolver. 

4) “Não faz obras”. Após ser preso pela Polícia Federal, Marconi fugiu para São Paulo. Pensou que suas tramoias tornariam inviável o governo de Ronaldo Caiado. Errou: 

A – Marconi deixou 7 mil quilômetros de buracos nas rodovias estaduais. Tinha GO que não dava para passar nem de helicóptero sem sofrer solavancos. O novo governador, Ronaldo Caiado, já consertou quase todas – e agora com pavimentação de qualidade, não com asfalto-Sonrizal. 

B – Obras de Marconi eram como as rodovias feitas exclusivamente para fazendas suas (em Pirenópolis) e de Zé Eliton (no Nordeste Goiano). Inúteis e superfaturadas, até hoje com rolo na Justiça. 

C – Marconi/Zé Eliton deixaram os servidores sem o pagamento de dezembro de 2018. Só aí foram R$ 2 bilhões, reajustados. Com esse dinheiro, Caiado poderia ter feito 60 mil casas, levando-se em conta a parte do governo estadual. É como se Marconi tivesse sumido com uma cidade do tamanho de Rio Verde. 

D – Mesmo tendo de pagar todos os atrasados que herdou de Marconi, Caiado já concluiu, reformou ou fez inteiramente hospitais, conjuntos residenciais, escolas e rodovias por todo o Estado. 

E – Caiado também cortou bandidagens em todos os lugares, como no Detran, que roubava dos motoristas, e na Saneago, que roubava de todo mundo. 

5) “Que gestão é essa?”. É a gestão que melhorou todos os índices de segurança pública. É a gestão que moralizou as licitações. É a gestão que tenta tirar Goiás do século XIX em termos de tecnologia. É a gestão que destravou R$ 64 bilhões em investimentos que os corruptos impediam à espera de propina na área ambiental. É a gestão que freou o endividamento, apesar de as negociações do tempo de Marconi terem sido draconianas a tal ponto que o débito sobe automaticamente. 

6) “Recebeu de nossos governos uma das maiores e melhores redes hospitalares públicas do Brasil”. É uma inverdade grave pois é desmentida com mortes. Marconi deixou esqueletos de hospitais para todo lado. Havia acabado de fazer multimilionária reforma no Materno-Infantil e menos de 100 dias depois teria sido necessário fechar pela podridão encontrada. Caiado impediu a intervenção implantando UTIs neonatais no Hugol. Chegou a leiloar dois veículos de luxo do Palácio das Esmeraldas como demonstração de esforço e desprendimento. 

7) “Por birra política, não finalizou ou colocou em funcionamento dois hospitais de urgência que deixamos praticamente concluídos e equipados” em Águas Lindas e Uruaçu. Mentira dupla. O de Águas Lindas é uma vergonha em prestação de contas, a ser julgadas pelos tribunais. É mais um esqueleto de Marconi, que só poderá ser concluído depois de ele acertar as contas. O de Uruaçu foi concluído, equipado e colocado para funcionar por Ronaldo Caiado. É o Hospital do Centro-Norte goiano, o HCN, agora em atividade para receber pacientes com Covid 19. Uma região do tamanho da Escócia não tinha uma UTI sequer. Agora, Caiado implantou 68. Aliás, em 20 anos, Marconi não aumentou o número de cidades com UTIs: eram apenas 3 e ele, duas décadas depois, deixou com apenas 3. Caiado, em dez vezes menos tempo, aumentou para 31. Ou seja, um ganho 100 vezes maior, pois são dez vezes mais UTIs em 10 vezes menos tempo. 

8) “Deixou sem funcionar o Hospital do Servidor”. Não era um hospital, mas um elefante branco. Nunca havia atendido ninguém. Estava em obras. Precisa ser feita auditoria para se saber em quanto os servidores foram lesados na construção do mamute com recursos do Ipasgo. Caiado concluiu, equipou e colocou para funcionar. É o HCamp original, que realmente está salvando muitas vidas. 

9) “Nem vacinas Caiado comprou”. Quem está foragido em São Paulo não quer saber de nada de Goiás mesmo. Não sabe que Caiado foi o primeiro a aprovar na Assembleia recursos para a compra de vacinas. Mas o Ministério da Saúde está com o Plano Nacional de Imunização, do qual Goiás faz parte. O governo federal, pelo que anuncia, já adquiriu mais de meio bilhão de doses de vacina para o PNI. 

10) “Elevadíssimo número de mortes e descontrole total sem sinais de melhoria”. A monstruosidade do proselitismo em cima da dor alheia é algo tão abjeto que o próprio Marconi descreve em poucas palavras por que foi ejetado do poder. 

11) “Tenta transferir a responsabilidade [pelas mortes] para os prefeitos e a população”. Marconi finge desconhecer que Goiás agora tem governo. Governo de alguém que não deve para financiadores de campanha. Governo independente. Por isso, assume as responsabilidades. Com os prefeitos quem está falando é o Ministério Público, que exige o cumprimento de medidas vitais para o combate à pandemia. A população, que inteligentemente colocou Marconi para correr de Goiás, aprova o governo Caiado (74%) e as medidas sanitárias tomadas (80%). 

12) “A população é vítima dos desgovernos”, disse Marconi traindo-se freudianamente ao ler o roteiro do vídeo. Sim, Marconi, a população é vítima dos desgovernos. Mais precisamente, o povo goiano é vítima de seus quatro desgovernos. 

13) “Fecha tudo, abre, e anuncia medidas muito tímidas”. Governar é seguir critérios. Às vezes, fechar. Noutras, abrir. E anunciar medidas. Enquanto ex-líderes se resumem a bravatas tentando lacrar para, em seguida, lucrar. 

14) “Empresários indo à falência”. Por estar foragido em SP, não sabe que Goiás bate seguidos recordes de aberturas de empresas. Infelizmente e felizmente, a pandemia exige a tomada de decisões. 

15) “Governador se escondendo no Palácio das Esmeraldas”. Marconi, se escondendo no Palácio dos Bandeirantes, em SP, não sabe que Caiado tem agenda muito superior à sua, que se resume a ler processos em que figura como réu por crimes graves e gravar vídeos sobre o que faria se não tivesse sido ejetado do poder diretamente para as grades. 

16) “O povo passa pelos piores momentos da nossa História”. Essa frase é de antes da pandemia, depois de 20 anos de Marconi no poder. 

17) “Morrendo nas filas dos hospitais”. O que esse sujeito é capaz de fazer para ganho político é de tal forma abjeto que desrespeita até quem não é vítima ou familiar, imagine para os diretamente atingidos por seus vilipêndios… 

18) “Caiado tem de deixar de oferecer migalhas”. Marconi se refere a mais de R$ 3 bilhões de reais que Caiado já entregou a produtores rurais, empresários dos mais diferentes tamanhos de investimentos, aos pequenos negócios, a quem deseja abrir empresa. Marconi se refere também aos milhões de cestas básicas e kits de alimentos que Ronaldo e Gracinha Caiado distribuem a famílias em vulnerabilidade (sem dinheiro) e estudantes da rede pública. Marconi também se refere ao excelente trabalho feito nas cidades mais pobres, levando energia elétrica, internet e empreendedorismo para regiões esquecidas, como a dos Kalunga, no Nordeste goiano. 

19) “Dinheiro [para pagar auxílio emergencial] o governo tem”. Tem, mas precisa quitar dívidas deixadas por Marconi, caso contrário não termina os hospitais (foi o caso de Uruaçu). Auxílio emergencial (com esse ou outros nomes) vem sendo pago por governos federal, estadual e municipais. E continuará sendo. E vai aumentar, pois mais Câmaras estão votando, o Congresso Nacional já aprovou. Claro, nenhum será de R$ 50 mil por mês, que é o auxílio mordomencial recebido por Marconi em São Paulo. 

“Que Deus nos proteja…”, do Marconi e da pandemia.

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