Empresários defendem ampliação do horário de funcionamento dos bares e restaurantes em Aparecida

Enquanto o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos), permitiu a flexibilização do funcionamento de atividades econômicas não essenciais e eventos sociais, com restrições, a Prefeitura de Aparecida de Goiânia segue prejudicando a cadeia econômica do município. Empresários do setor de bares, restaurantes e similares da cidade se reuniram com o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Marlúcio Pereira, na última segunda-feira, 10, para pedir a ampliação do horário de funcionamento dos estabelecimentos. O atual decreto estabelece que tais empreendimentos podem permanecer abertos até as 22h, enquanto a categoria solicita que eles fiquem até a 1 hora da madrugada, incluindo autorização para músicas ao vivo.
Durante o encontro, foi entregue um ofício para que a demanda do setor seja colocada em pauta na próxima reunião do Comitê de Enfrentamento à Covid-19. O documento destaca que a permissão do horário de funcionamento dos estabelecimentos seja para unificar com os municípios que fazem divisa com Aparecida.
“Também, com o funcionamento até as 22h conforme decreto atual, os frequentadores dos estabelecimentos de Aparecida de Goiânia se deslocam para regiões em que os bares e restaurantes fecham a 1 hora, causando prejuízo aos empresários do ramo, consequente perda de receita, além de demissão de funcionários fixos, intermitentes e freelancers, que, de acordo com a associação, já foram mais de 50% demitidos”, diz o ofício que foi assinado por Marlúcio Pereira, Associação de Bares, Restaurantes e Distribuidoras, pelo vereador Fábio Ideal, Ordem dos Músicos e por representante dos funcionários.
Em coro com essas demandas, o presidente da Associação Comercial, Industrial e Empresarial da Região Leste de Aparecida de Goiânia (Acirlag), Maione Padeiro, que também é membro do Comitê de Enfrentamento à Covid-19 do município, diz que pedirá, junto ao comitê, a extensão do horário de abertura e fechamento de bares, restaurantes e similares para até meia-noite. “Defendemos que o segmento permaneça aberto até meia-noite. Até esse horário, temos condições de atender o pessoal. Muitas pessoas saem do trabalho e não têm o que comer em algum bar ou restaurante porque eles fecham às 22h”, ressalta.
Padeiro assevera que como a Prefeitura de Goiânia liberou o funcionamento do ramo até a 1 hora da madrugada, os frequentadores têm deixado o município de Aparecida para consumir na cidade vizinha, causando prejuízos aos empresários do segmento. “Nós estamos levando um prejuízo muito grande à nossa economia, porque os bares em Goiânia estão abertos até a uma hora da manhã e vamos estar aí pedindo ao comitê, apresentando, defendendo as propostas dessa categoria.”
Padeiro considera que o momento é oportuno e o segmento tem condições de cumprir as regras sanitárias. “Acho que o momento, agora, é oportuno. Têm condições de a gente estender esse horário para esse segmento, com responsabilidade sanitária. A nossa preocupação, como entidade, é com a questão dos regramentos. Que tenha limite, siga aí os protocolos sanitários, como o uso de máscara, manter o distanciamento social, continuar com a ocupação do espaço de 40% e o álcool em gel.”
O Diário de Aparecida entrou em contato com a Prefeitura de Aparecida de Goiânia para saber se há alguma sinalização de flexibilização para essa categoria, mas, até o fechamento desta edição, nossa reportagem não havia recebido a resposta. O espaço segue aberto, caso a prefeitura queira se manifestar sobre o assunto.