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Pressão de Mendanha pode levar MDB a antecipar o apoio a Caiado

Se depender do ex-prefeito Iris Rezende e do ex-deputado federal Daniel Vilela, presidente estadual do MDB, o partido fará alianças com o DEM em apoio à reeleição do governador Ronaldo Caiado em 2022. O apoio do MDB a Caiado pode ser antecipado para este ano caso cresça a pressão de partidos de oposição, como do PSDB do ex-governador Marconi Perillo, para que o prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha, venha a ser protagonista nas próximas eleições.

Sem rumo e desacreditada, a oposição goiana não tem nome capaz de enfrentar Ronaldo Caiado ao Palácio das Esmeraldas e, em razão disso, “inventa” candidaturas e especula nomes como de Jânio Darrot (Patriota), Marconi Perillo (PSDB), Sandro Mabel (MDB) e até mesmo de Gustavo Mendanha (MDB). Mendanha se movimenta no “tabuleiro político” estadual, porém inexperiente e se colocando como aventureiro, pois desde janeiro, quando foi empossado para o 2º mandato, passou a desprezar a agenda administrativa de seu governo para promover reuniões com prefeitos, vereadores e dirigentes partidários para discutir as eleições de 2022.

Segundo reportagem do Jornal Opção Online, há hoje dois grupos distintos no MDB. Primeiro, o que quer uma aliança com o governador Ronaldo Caiado, do Democratas, por considerar que o partido já está há muito tempo fora do poder e que chegou a hora de voltar ao governo. Segundo, há aquele que avalia que a legenda tem de lançar candidato a governador, como sempre fez desde 1982 – quando Iris Rezende foi eleito pela primeira vez. O segundo grupo, adianta o Jornal Opção, sublinha que, mesmo se perder para Ronaldo Caiado, o MDB manterá sua força no interior, nas principais cidades de Goiás.

O primeiro grupo, prossegue o Jornal Opção, sugere que chegou a hora de o MDB voltar ao poder e que Ronaldo Caiado pode ser a ponte para que isso aconteça. O que se defende é uma composição com o governador. Um deputado estadual disse ao Jornal Opção na última sexta-feira, 21: “A pressão do prefeito de Aparecida de Goiânia para sair candidato a governador pode acabar se tornando um tiro pela culatra. Quer dizer, pode se dar o efeito contrário e o MDB acabar fechando uma aliança com Ronaldo Caiado mais cedo do que se espera.”

O deputado emedebista conta que examinou pesquisas. “Não há uma pesquisa que aponte expectativa de poder favorável para Gustavo Mendanha. Em todas ele tem menos intenção de voto do que Daniel Vilela. Ronaldo Caiado é o líder absoluto.” O parlamentar sugere que determinados políticos, como Marconi Perillo e Sandro Mabel, querem usar Gustavo Mendanha unicamente para alavancar seus projetos pessoais. “Marconi Perillo, se Gustavo for candidato, pode disputar mandato de deputado ou de senador. Mabel pode disputar mandato de deputado federal.

Ou seja, querem usar o prefeito de Aparecida para alavancar projetos pessoais”, frisa. “Mabel diz que poderá disputar mandato de governador se Gustavo não for candidato. Duvido que ele tenha coragem”, acrescenta o parlamentar.

Marconismo joga prefeito contra Daniel para melar apoio ao DEM

Sem condições de disputar a sucessão estadual, já que não dispõe de nome competitivo, a oposição, representada principalmente pelo PSDB do ex-governador Marconi Perillo, resolveu atingir o MDB, jogando o prefeito de Aparecida, Gustavo Mendanha, contra o ex-deputado federal Daniel Vilela, presidente estadual do partido.

Há algumas semanas, Daniel Vilela descartou aliança do MDB com o PSDB, em entrevista a O Popular. “Não temos identidade com o PSDB, pois ficamos 16 anos fazendo oposição aos governos tucanos. É difícil uma aliança com o PSDB de Goiás.”

Em confronto com o posicionamento do presidente do MDB, Gustavo Mendanha resolveu “antecipar” as conversas políticas sobre 2022 e, diariamente, faz reuniões em seu gabinete na Cidade Administrativa e também se desloca a municípios para se encontrar com prefeitos, vereadores e dirigentes de partidos. Mendanha também já esteve com o ex-governador Marconi Perillo, o deputado estadual Talles Barreto e com outras lideranças do PSDB para discutir as eleições do ano que vem, à revelia da orientação de Daniel Vilela.

Em pleno horário de expediente administrativo, o prefeito Gustavo Mendanha viajou para Luziânia, Anápolis, Trindade e Morrinhos para se reunir com políticos do PSDB, MDB, Patriota, PSL e outras legendas do espectro oposicionista. No meio político, o comportamento de Mendanha é tido como uma “bravata”, porque ele não terá coragem de renunciar ao mandato de prefeito de Aparecida de Goiânia, em 3 de abril do ano que vem. Se agir assim, Mendanha corre o risco de não ter o apoio do próprio vice-prefeito, Vilmar Mariano (MDB), para uma aventura eleitoral, já que vivem às “turras”, e perderia 2 anos e 9 meses de mandato.

Na sua ânsia de ser protagonista em 2022, Mendanha atropela as duas principais lideranças do MDB de Goiás: Iris Rezende e Daniel Vilela. É sabido que o ex-prefeito de Goiânia pode aceitar apelos para retornar à atividade política, como candidato ao Senado da República. E Daniel ainda não definiu o seu projeto eleitoral para o ano que vem, embora a tendência seja a de concorrer a deputado federal. Nesses cinco meses iniciais do ano, o prefeito aparecidense tem se comportado como “macaco em loja de louças”, ou seja, cria atritos em todas as áreas políticas do Estado, ao invés de se dedicar à missão pela qual foi delegado pelo aparecidense em 2020, ou seja, administrar a cidade, a 2ª maior do Estado.

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