Aparecida

Município registra quase nove mortes diárias por Covid-19 após ultrapassar a marca de 1.000 óbitos

Aparecida de Goiânia registrou cerca de 8,5 mortes diárias por Covid-19, após ultrapassar a marca de 1.000 óbitos. Dados da Secretaria de Saúde do município revelam que em seis dias, contando desde sexta-feira, 9, até quinta-feira, 15, 51 aparecidenses morreram vitimados pela doença. Já o número de casos foi de 1.194, uma média de 199 por dia referente ao mesmo período.
De acordo com a Secretaria de Saúde de Aparecida de Goiânia, até as 17h da última quinta-feira, 15, 1.052 vieram a óbito por Covid-19, com oito óbitos confirmados nas últimas 24 horas. Até sexta-feira, 16, Aparecida possuía 1.036 casos ativos, que estão hospitalizados ou monitorados pela Telemedicina, oxímetros e exames. De 59.708 casos confirmados, 200 foram em 24 horas e 57.620 estão recuperados.
De acordo com a secretaria, até as 17h da última quinta-feira, 15, o município realizou 252.395 testes de diagnóstico de Covid-19. No momento, a taxa de ocupação de leitos de Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) para tratamento da Covid-19 geral (pública e privada) está em 76,15%, sendo 69% na pública e 99% no particular. Já a ocupação de enfermarias é de 76,87%, de acordo com dados da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás.
Crescimento
A pandemia se agravou em março. Conforme noticiado pelo Diário de Aparecida, a média diária de mortes chegou a 8,3 e não é por acaso. O município registrou 239 óbitos em decorrência da Covid-19 neste período. Foi quase metade do total de 546 óbitos registrados no mês de março no município. Cenas de aglomerações na cidade são cada vez mais comuns, ao passo que pontos comerciais aparecidenses e feiras livres funcionam livremente.
Aparecida tem a maior taxa de incidência do novo coronavírus dentre os municípios com mais de 100 mil habitantes em Goiás, com aumento também no número diário de mortes (de duas por dia em dezembro para oito por dia em março), enquanto o sistema de saúde municipal esteve praticamente colapsado em quase todo mês passado, sem disponibilidade de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) ou até mesmo de enfermaria para atender os pacientes.
Apesar dos números, a Prefeitura de Aparecida disse que o modelo de abertura escalonada do comércio, indústria e serviços teria ajudado a estabilizar o avanço da doença, porém o que se vê desde dezembro é o aumento das mortes diárias na cidade. Com cenas chocantes mostradas em edições passadas do DA nos cemitérios locais, exibindo sequência de valas abertas para receber caixões – em dezembro, eram cerca de duas mortes por dia, índice que se manteve em janeiro; em fevereiro subiu para aproximadamente cinco mortes por dia, e em março superou oito mortes por dia.
Um dos fatos polêmicos com relação às falhas do isolamento social em Aparecida é que os motéis foram considerados atividades essenciais pela prefeitura e continuam funcionando normalmente. E ainda as feiras livres, como a do Setor Garavelo, também autorizadas pela prefeitura, acabaram virando cenário de aglomerações, uma situação de risco, já que o índice de ocupação de UTIs na cidade ainda é alto.

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