Aparecida

Editorial do Diário de Aparecida: A solidão de Mendanha

Ao romper relações com o governo do Estado, maior esfera administrativa de Goiás, e com a prefeitura de Goiânia, cidade vizinha com a qual Aparecida compartilha problemas comuns, o prefeito Gustavo Mendanha tornou-se um gestor solitário e sem possibilidade de realizar parcerias em favor da população do município que deveria comandar.

Acrescente-se que Mendanha também não tem trânsito com o governo federal, do qual não recebe há tempos as tão necessárias transferências de recursos para cuidar principalmente da área de Saúde em Aparecida. Há poucos dias, ele foi a Brasília aguardando horas no Palácio do Planalto para ser recebido pelo presidente Jair Bolsonaro, que, no entanto, não abriu as portas do seu gabinete para ouvir o que o prefeito tinha a dizer – se é que tinha.

Um centro urbano classificado como o 2º maior do Estado não pode viver em isolamento, sem dialogar e sem se comunicar com outros níveis de gerência dos negócios públicos. Isso é negativo, ainda mais quando Mendanha acaba de completar 6 meses de exercício do seu 2º mandato ainda sem cumprir nenhuma das promessas de campanha que fez e sem ainda criar uma marca para identificar o seu mandato, assim como o Hospital Municipal e as aberturas dos eixos viários Norte-Sul caracterizou o governo do prefeito Maguito Vilela e a instalação dos primeiros polos industriais inscreveu Ademir Menezes na galeria dos grandes gestores da história de Aparecida.

Mendanha, por enquanto, é um zero absoluto. Move as máquinas da prefeitura, lançando e depois paralisando obras de asfalta em setores que já assistiram a essa cena inútil, a exemplo da Vila Oliveira, onde na campanha passada a pavimentação foi iniciada, para após alguns dias ser suspensa, voltar neste ano e cessar novamente, deixando os moradores revoltados com a incúria da prefeitura quanto aos seus direitos fundamentais, entre os quais o asfalto é um dos avanços civilizatórios mais importantes.

Aparecida, do ponto de vista administrativo, poderia caminhar com apoio e respaldo na busca de soluções para seus desafios mais prementes, porém Mendanha, o meninão emburrado, não quer. Tem mágoas do governador Ronaldo Caiado e cortou a conversa com o prefeito Rogério Cruz depois do seu rompimento com o MDB. Na Cidade Administrativa, onde vai de vez em quando, vive a solidão do poder.

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