Aparecida

Menos de 10% dos aparecidenses completaram o ciclo de imunização contra a Covid-19

Apesar das frequentes campanhas publicitárias promovidas pelo prefeito Gustavo Mendanha (MDB) em expor informações, diga-se de passagem, equivocadas, sobre o controle da pandemia em Aparecida de Goiânia, o município segue ainda em ritmo lento no processo de vacinação contra a Covid-19. A imunização em duas etapas alcançou apenas 9,76% da população geral do município. Foram 57.650 doses aplicadas na segunda etapa de vacinação. Já a primeira dose dos imunizantes alcançou 30,29% dos aparecidenses, com 178.797 doses aplicadas e 15.750 únicas, segundo o Painel da Covid-19 da cidade, divulgado às 17 horas do último sábado, 10. O Diário de Aparecida utilizou as informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cuja estimativa populacional de Aparecida para 2020 foi de 590.146 habitantes. Até agora, o município aplicou, no total, 252.197 doses.

Os municípios goianos mais populosos do Estado apresentam cenários diferentes no que se refere à proporção de vacinas já aplicadas como segunda dose, tendo como base cruzamentos de dados desta segunda-feira, 12, das respectivas secretarias municipais de Saúde. Goiânia, cidade mais populosa, com 221.906 pessoas que receberam a segunda dose, o que corresponde a 14,63%% dos goianienses, lidera o ranking da vacinação entre as três cidades com mais habitantes de Goiás. Anápolis, terceira maior cidade em população, ocupa a vice-liderança do ranking estadual com 13,22% dos anapolinos imunizados com a segunda dose, o que corresponde a 51.410 pessoas.

Levantamento realizado pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás apurou que, referente à primeira dose da vacina contra a Covid-19, foram aplicadas 2.548.701 doses em todo o Estado, o que corresponde a 35,82%. Em relação à segunda dose, estão imunizados 11,74% dos goianos, ou seja, 835.534 pessoas. Em relação às vacinas, o Estado de Goiás já recebeu 4.418.050 doses de imunizantes, sendo 1.537.780 da CoronaVac, 2.181.470 da AstraZeneca, 549.900 da Pfizer e 148.900 da Janssen.

A população brasileira que tomou as duas doses ou a dose única de vacinas contra a Covid-19 chegou a 14,44%, segundo dados do consórcio de veículos de imprensa divulgados às 20h deste domingo, 11. São 30.573.383 de pessoas vacinadas — 28.108.088 da segunda dose e 2.465.295 da dose única. A primeira dose foi aplicada em 83.794.712 pessoas, o que corresponde a 39,57% da população. Somando a primeira, a segunda e a dose única, são 114.368.095 doses aplicadas no total desde o começo da vacinação, em janeiro.

De sábado para domingo, a primeira dose foi aplicada em 273.605 pessoas, a segunda em 8.267 e a dose única em 166.299, um total de 448.171 doses aplicadas desde o começo da vacinação. Amapá é o único estado que ainda tem menos de 10% de sua população imunizada com as duas doses ou dose única de vacinas contra a Covid-19. O estado tem 8,92% de imunizados. Entre os estados com mais imunizados estão Mato Grosso do Sul (26,53%), Rio Grande do Sul (19,43%) e Espírito Santo (16,94%).

A maioria das vacinas utilizadas contra a Covid-19 usa duas doses para a imunização. CoronaVac, AstraZeneca e Pfizer, vacinas que fazem parte do Programa Nacional de Imunizações (PNI), precisam das duas doses, em intervalos diferentes, para que o esquema vacinal seja completo. A única exceção, até o momento, é o imunizante desenvolvido pela Johnson&Johnson, que utiliza apenas uma dose.

Os estudos das vacinas foram feitos com a imunização em duas doses. Ou seja, a eficácia prometida pelas empresas foi determinada a partir dos testes com duas aplicações. Além de aumentar a proteção, a segunda dose ajuda a prolongar essa proteção. “A primeira dose vai provocar um estímulo da resposta do nosso sistema imune. Quando você toma a primeira dose, ela já provoca que o nosso sistema de defesa comece a produzir os anticorpos. Mas uma dose não é suficiente, vamos precisar de um reforço. Esse reforço fará com que a produção de anticorpos seja melhor ainda e nos deixe imune por mais tempo. A eficácia da vacina se torna maior, melhor e mais duradoura com a segunda dose”, explica o infectologista Gustavo Magalhães ao G1.

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