Brasil

Editorial do Diário de Aparecida: 300 mil

No fim da tarde de ontem, 24, e apenas um dia depois de o Brasil bater o recorde de mortes por Covid-19 em 24 horas, passando de 3 mil, o país superou uma nova, triste e lamentável marca: 300 mil vidas perdidas para o novo coronavírus. São pais, mães, filhos, avós, tios, sobrinhos e netos que perderam a batalha contra a doença em território nacional.

São brancos, negros, indígenas, pardos, ricos, pobres, letrados, analfabetos, jovens, idosos, crianças, adultos e recém-nascidos. São médicos, enfermeiros, engenheiros, jornalistas, professores, advogados, políticos, donas de casa, aposentados… O vírus não segrega os seres humanos. Ele não faz distinção de cor, raça, credo, riqueza. Ele age como um tornado, ou em termos brasileiros, como uma pororoca, atingindo o que vê pela frente. E neste caso, levando vidas e devastando famílias.

A Covid-19 está apagando sonhos, destruindo a possibilidade de futuro para muitos. Não há alguém entre nós, neste momento, que ainda não tenha tido um parente ou amigo infectado pelo vírus ou pior, que não conheça uma pessoa vencida por ele. Sim, outras crises vêm sendo provocadas pelo coronavírus, como a econômica, mas nenhuma pode ser enxergada como pior que essa: a perda de vidas para um inimigo invisível. Neste exato momento em que você parou para ler esse editorial, cerca de cinco brasileiros morreram em decorrência desta doença.

Gestores estaduais e municipais estão cobrando de forma incisiva, e pode-se dizer desesperada, medidas do governo federal que mitiguem as mortes e a proliferação descontrolada do vírus. Cobram vacinas, insumos, medicamentos e por que não dizer, o direito à vida de seus gentílicos? O cenário é devastador e, em meio a tanta dor, só uma é a resposta: vacinação! O Diário de Aparecida se une ao luto e ao silêncio de milhões de brasileiros nesta quinta-feira e manifesta pesar por cada vida perdida para a Covid-19. 

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