O vereador cassado Suelter Ferreira é acusado de cometer crimes ambientais e manter cinco pessoas, entre elas um idoso de 74 anos, em condições análogas à escravidão em duas carvoarias clandestinas no município de Piranhas, em Goiás.
O caso veio à tona após o Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMAmbiental) receber denúncias de vários crimes no local.
As fábricas, que estavam com 13 toneladas de carvão prontas para serem comercializadas, pertencem ao ex-vereador, e segundo o tenente-coronel Geraldo Pascoal, as carvoarias eram de propriedade do político e ele agora está sendo procurado pela polícia.
De acordo com reportagem do portal G5 News, Suelter Ferreira teve a suspensão dos direitos políticos determinado pela Justiça e o mandato cassado pela Câmara de Vereadores de Piranhas após ser condenado por crime de injúria racial. Ele perdeu o mandato no dia 23 de março deste ano e agora deve enfrentar mais um processo judicial.
Situação degradante
Ainda de acordo com o G5, foram encontrados no local dois homens, uma mulher e dois idosos em situações precárias de moradia e higiene. Um dos idosos, de 74 anos, morava em uma barraca de lona havia quase dois meses. Ele não recebia pelo trabalho. A defesa do vereador foi procurada pela imprensa, mas não obteve retorno.
O local foi fechado nesta quarta-feira (26). Além disso, os fornos foram destruídos, todo carvão e equipamentos foram apreendidos e amostras levadas para perícia técnica, bem como todo equipamento usado no processamento.
O caso também será investigado pela Polícia Civil (PC).
Leia a versão impressa do Diário de Aparecida desta quinta-feira (27/4)
