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Agenda municipalista é a nova prioridade política para Caiado

As eleições para o governo de Goiás e para deputados estadual e federal devem ocorrer somente daqui a praticamente um ano e meio, mas prefeitos, vereadores, partidos e lideranças municipais já se movimentam, antecipando o debate e estabelecendo estratégias e rumos para o embate de 2022. Com um detalhe: desde já, 160 dos 246 prefeitos estão afinados com o Palácio das Esmeraldas, número que pode crescer significativamente até a data das urnas.

Em maio, o governador Ronaldo Caiado (DEM) deflagrou uma agenda municipalista, priorizando visitas ao interior do Estado para intensificar contatos, ouvir demandas e, principalmente, distribuir e entregar benefícios. Após reunir grupos de prefeitos do Entorno, da região de Jaraguá e da Estrada de Ferro, além do Oeste Goiano, Caiado inaugurou obras nos municípios, anunciou novos investimentos e aumentou a interação com as lideranças municipais com o objetivo de fortalecer a base aliada de olho no pleito do ano que vem.

A 1ª reunião foi com prefeitos e representantes dos 22 municípios do Entorno de Brasília. Obras foram entregues e anunciadas, parcerias administrativas definidas e, também, manifestações de apoio à reeleição do governador ocorreram. A região do Entorno do Distrito Federal sempre foi um reduto eleitoral do PSDB do ex-governador Marconi Perillo, mas, no ano passado, na disputa pelas prefeituras, os aliados de Caiado impuseram derrota a Marconi de ponta a ponta.

Caiado esteve em seguida em Jaraguá, cidade-polo da região do Vale do São Patrício, onde um grupo de 17 prefeitos manifestou apoio à reeleição do governador, tendo à frente Paulo Vitor (DEM), chefe do Executivo da cidade. Antes de ser prefeito, Paulo Vitor foi chefe de gabinete do governador.

Outra reunião municipalista de Caiado ocorreu em Silvânia, com nove prefeitos da região da Estrada de Ferro. “Eu gosto de chegar nas cidades e ouvir a população. Tem que sentir a realidade. Isso é fundamental para nossa gestão”, explicou o governador. Em todos esses encontros, o clima é de formação de parcerias, compartilhamento de demandas e união pelo desenvolvimento dos municípios, independente da região e de questões políticas. “Eu quero parceria com vocês, quero arregaçar as mangas e trabalhar em cada município”, repete o governador a cada evento.

Oposição goiana passa por paralisia

A oposição está paralisada em Goiás. Partidos que não têm, no momento, aliança com o governador Ronaldo Caiado e não estão oficialmente na sua base de apoio estão imobilizados, sem promover reuniões e sem acionar as suas lideranças para algum tipo de movimentação. Claro, a pandemia do novo coronavírus tem forte influência sobre essa paralisia política. Aglomerações não são convenientes e ainda oferecem o perigo de disseminação da doença, mesmo quando tomadas as medidas cabíveis de prevenção sanitária.

O MDB, que já não é mais oposição tão radical a Caiado e hoje admite uma composição com o DEM com vistas às eleições de 2022, deu alguns sinais de vida com as visitas que o presidente estadual do partido, Daniel Vilela, fez a alguns municípios e com a agenda de articulações deflagrada pelo prefeito Gustavo Mendanha, que tem gerado fortes críticas na medida em que ele viaja para contatos políticos em pleno horário em que deveria estar dando expediente na Prefeitura de Aparecida.

Daniel Vilela, cujo pai morreu vítima da negligência com que se comportou na campanha eleitoral em Goiânia, quando, sem adotar os devidos cuidados, acabou contaminado pela Covid-19, aparece em foto de reuniões no interior ao lado de pessoas sem máscara facial – o que, além do péssimo exemplo que dá, também o expõe a riscos que podem ser fatais, já que aparentemente a sua família tem pouca resistência genética ao vírus.

Os demais partidos oposicionistas, em especial o PSDB e o PT, não mostram sinal de atividade. O ex-governador Marconi Perillo até que tenta, publicando diariamente em seus perfis sociais críticas e ataques a Caiado, mas caiu na vala comum e não gera repercussão. O PT, como sempre, aguarda a definição da candidatura presidencial de Lula para se mexer.

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