Política

“Iris foi um homem e um líder que fez escola na política e na história de Goiás”

Em solenidade no Santuário Basílica de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, Matriz de Campinas, em Goiânia, Caiado destacou legado e trajetória de uma das principais lideranças políticas do Estado, assinalando a passagem do 1º ano de falecimento do ex-governador e ex- prefeito

Por: Helton Lenine

O governador Ronaldo Caiado, acompanhado da primeira-dama Gracinha Caiado, participou, na
quarta-feira, 9, da missa em ação de graças em memória ao ex-governador de Goiás e ex-prefeito de
Goiânia Iris Rezende Machado, que faleceu há um ano, em 9 de novembro de 2021.
Durante a solenidade, no Santuário Basílica de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, Matriz de
Campinas, em Goiânia, o governador ressaltou o legado e a trajetória de uma das principais
lideranças políticas do Estado. “Ele mesmo definia que a vida política dele só tinha explicação no
campo espiritual. Ele dizia: Caiado, nunca tive parente político, minha família nunca teve um
político, porque a mim essa vocação de acreditar em continuar levando essa luta e cada vez mais me
aproximar das pessoas?”, contou o governador.

Com essa postura, “Iris foi um homem que fez escola na política”, afirmou Caiado. “Foi uma
verdadeira enciclopédia. Você aprendia cada dia e minuto ao lado dele”, continuou. Ainda segundo
o governador, a atuação partidária de Iris foi fundamental na estruturação do MDB e para colocar
Goiás nas discussões nacionais. “Ele dizia: ‘Não podemos ficar apenas tratando dos assuntos aqui,
temos que levar nossa voz nas decisões nacionais. Esse era o Iris Rezende”, destacou.

A celebração, realizada pelo reitor do Santuário-Basílica de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro,
padre Abdon Dias Guimarães, contou com a participação da Orquestra Sinfônica e Coro Sinfônico de
Goiânia. Bastante emocionada, Ana Paula Rezende, filha do ex-governador, disse que ainda é difícil
acreditar que está há um ano sem o pai. “Sua presença é forte demais para ser esquecida. Sua vida é
grandiosa demais para não ser lembrada”, frisou ela, que estava acompanhada dos irmãos Adriana e
Cristiano Rezende. “Meu pai fez da sua vida uma missão, entendeu que a política era sua vocação e
escolheu dedicar sua vida e sua trajetória em prol do outro”.

Ana Paula também fez questão de agradecer a Caiado e a família. “A política nos deu um amigo. O
senhor foi muito leal, companheiro do meu pai. Sua presença como médico, atento a tudo, como
amigo, fez tudo ficar mais leve. A minha gratidão será eterna”, sublinhou. Viúva de Iris Rezende, Íris
de Araújo afirmou que o legado dele está escrito e no coração das pessoas. “Está na história que ele mesmo escreveu ao fazer a escolha, porque foi uma decisão dele, de ser político, trabalhar e ajudar
aqueles menos favorecidos”, lembrou.

UMA RICA BIOGRAFIA

Iris Rezende nasceu em Cristianópolis (GO), em 22 de dezembro de 1933. No final da década de
1940 mudou-se com a família para Goiânia. Formou-se em direito na Universidade Federal de Goiás
(UFG) e ingressou na política nos anos 1950. Ocupou cargos de vereador, deputado estadual,
prefeito, senador e governador.

Também foi ministro da Agricultura no governo de José Sarney (de 1986 a 1990) e da Justiça
durante o de Fernando Henrique Cardoso (entre 1997 e 1998). O político goiano morreu aos 87
anos, em São Paulo, após complicações de um Acidente Vascular Cerebral (AVC), menos de um ano
após encerrar a carreira de 62 anos de vida pública.

 

 

Governador sinaliza ao agro criação secretaria de Infraestrutura

O governador Ronaldo Caiado reuniu-se com diversos representantes do agro para abrir diálogo e
discutir a criação de um fundo voltado à infraestrutura em Goiás, a exemplo do que já fazem outros
Estados da região Centro-Oeste do país. Os recursos arrecadados serão administrados com a
participação do setor produtivo e sua destinação será exclusiva para a melhoria de estradas e
rodovias, retornando em desenvolvimento para o setor agropecuário no Estado.

“Sou homem que aprendeu a não mandar recado para ninguém e não fazer nada pelas costas das
pessoas. Por isso, essa é a primeira reunião que quis fazer, com as entidades do setor. Sei que cada
um tem as suas dificuldades, mas todos nós estamos em um momento de superação”, salientou o
chefe do Executivo, que estava acompanhado da primeira-dama e presidente do Gabinete de
Políticas Sociais (GPS) Gracinha Caiado.

Ele ressaltou ainda que todo o recurso arrecadado será destinado a uma secretaria específica com o
foco na infraestrutura. O fundo será coordenado e fiscalizado por meio de um conselho formado por
representantes do setor produtivo e do Estado.

Segundo explicou Caiado, os cálculos para a criação do fundo estão em estudo e contam com a
contribuição da Federação da Agricultura de Goiás (Faeg) na elaboração do projeto, que
posteriormente será enviado à Assembleia Legislativa (Alego). “Chamei-os para dizer que é lógico
que a Faeg vai coordenar, atuar no projeto de lei e onde haverá uma contribuição sobre os produtos
agropecuários”, enfatizou o governador em discurso no Auditório Mauro Borges, no Palácio Pedro
Ludovico Teixeira, em Goiânia.

O presidente da Faeg e deputado federal, José Mário Schreiner, reconheceu as melhorias para o
setor durante o atual governo e destacou os avanços na segurança e infraestrutura que, segundo
ele, precisam continuar. “É hora de fazermos um pacto para Goiás ter um salto de desenvolvimento.

É um assunto que temos que discutir com muita tranquilidade, cada um colocando o seu ponto de
vista. Acredito que precisamos estar em convívio nesse processo”, afirmou o líder ruralista.
Caiado afirmou que a criação do fundo é uma exigência para garantir os investimentos em
infraestrutura nos próximos anos. “Não podemos deixar Goiás colapsar nessa hora”, disse ao
pontuar que o Estado vai perder cerca de R$ 4 bilhões ao ano em arrecadação com mudanças
realizadas por lei complementar do governo federal, que alterou as alíquotas do Imposto sobre
Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) dos combustíveis.

Schreiner disse que discutir o assunto exige maturidade para encontrar pontos de concordância.
“Vamos ter bom senso para encontrar um ponto de equilíbrio não só aos produtores, mas também
com um olhar como um todo para o Estado de Goiás. O diálogo é a melhor saída”, concluiu o
presidente da Faeg.

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