Aparecida

Editorial do Diário de Aparecida: Decisão errada

É inaceitável a decisão do prefeito de Aparecida Gustavo Mendanha, cedendo às pressões de setores empresariais liderados pelo presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás Sandro Mabel, autorizando o funcionamento intermitente do comércio e serviços no município.

Isso, diante do colapso do sistema aparecidense de Saúde e ainda mais diante da decisão do prefeito de Goiânia Rogério Cruz, estendendo para a capital por mais 14 dias o lockdown das atividades não essenciais – lembrando que os dois municípios são emendados e convivem com a mesma realidade urbana, o que quer dizer que suas estruturas de atendimento médico – públicas e privadas – são praticamente comuns, é uma irresponsabilidade.

No momento em que a 2ª onda na pandemia recrudesce em todo o país e em especial em Aparecida e Goiânia, o prefeito Gustavo Mendanha mostra que a sua ação é motivada por razões políticas, ou seja, a tentativa de fugir aos desgastes que medidas duras de prevenção sanitária provocam entre a população, notadamente em meio aos setores econômicos que, sim, são sacrificados neste instante de desespero, com UTIs lotadas e nenhuma disponibilidade sequer de leitos de enfermaria, mas não têm outro caminho a seguir.

A vontade do presidente da FIEG, que bateu boca neste fim de semana com uma empresária esclarecida, Luiza Trajano, em uma live, quando ela afirmou que já procurou por vacinas no mundo inteiro e que a disponibilidade, no momento, é exclusiva para governos federais, não pode prevalecer sobre a defesa da vida das goianas e dos goianos. É condenável a politicagem nesta quadra de dificuldades terríveis para toda a população e, ao contrário, louvável a manifestação de boas intenções de todos os interessados no combate eficiente ao novo coronavírus.

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