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Boris Johnson renuncia e deixará cargo de primeiro-ministro do Reino Unido

Nesta quinta-feira (7/7), Boris Johnson, fez o discurso de renúncia à liderança do Partido Conservador, dando início ao processo de escolha de um novo primeiro-ministro no Reino Unido. Ele declarou que se sentia triste por deixar "o melhor trabalho do mundo". Os últimos dias, porém, foram marcados por escândalos, contradições e pressão dentro e fora do partido para que ele anunciasse sua saída.

 

Foto: Reprodução/Internet

 

Boris Johnson, líder do Partido Conservador, renunciou ao cargo de primeiro-ministro do Reino Unido nesta quinta-feira (7/7) em meio à grave crise política que levou à demissão de mais de 50 integrantes do governo nas últimas 48 horas. Johnson confirmou o fim do governo em um pronunciamento à imprensa em frente à sede do governo, no número 10 de Downing Street, em Londres.

Os principais veículos de comunicação britânicos já davam como certa a renúncia do premiê na manhã desta quinta. Jornais como The Guardian, The Times, The Independent e The Telegraph, além da rede britânica BBC, amanheceram nesta quinta afirmando que a queda era inevitável.

A BBC informou que Johnson renunciará nesta quinta como líder do partido, o que significa que também deixará o posto de chefe de Governo. De acordo com o The Times, Johnson teria revelado a interlocutores que pretende anunciar a renúncia ainda nesta manhã, mas que pretende deixar o cargo apenas em alguns meses. “O primeiro-ministro disse aos aliados que quer ficar até a conferência do Partido Conservador em outubro, com um novo líder assumindo o cargo”, escreveu o jornal.

Mais de 50 pessoas entregaram os cargos desde as saídas do chefe do Tesouro, Rishi Sunak, e do ministro da Saúde, Sajid Javid, que renunciaram na terça-feira, incluindo alguns dos nomeados por Johnson para ocupar os cargos recém-vagos. O líder do Partido Trabalhista, principal força da oposição britânica, Keir Starmer, afirmou que a perspectiva de renúncia do primeiro-ministro é uma “boa notícia”. “A única maneira de o país ter o recomeço que merece é se livrar desse governo conservador”, escreveu Starmer.

Johnson é conhecido por sua capacidade de ignorar escândalos, mas uma série de acusações criminais o levaram à beira do precipício, e alguns de seus colegas parlamentares conservadores agora temem que o líder conhecido por sua afabilidade possa ser um risco nas eleições. Muitos também estão preocupados com a capacidade de um Johnson enfraquecido de governar em um momento de crescente tensão econômica e social.

Meses de descontentamento com o julgamento e a ética de Johnson dentro do Partido Conservador do governo explodiram com as renúncias, que começaram a acontecer poucas horas depois de o primeiro-ministro apresentar novas desculpas ao admitir que cometeu um “erro” por ter nomeado para um cargo parlamentar importante Chris Pincher, um conservador que renunciou na semana passada e reconheceu que apalpou, quando estava embriagado, dois homens, incluindo um deputado, em um clube privado do centro de Londres.

Downing Street reconheceu na terça-feira que o primeiro-ministro havia sido informado em 2019 sobre acusações anteriores contra Pincher, mas que havia “esquecido”, é o que declarou a Residência oficial e escritórios do primeiro-ministro Inglês, depois de afirmar o contrário em um primeiro momento. A isso se soma o fato de que, nos últimos meses, Johnson foi multado pela polícia e criticado pelo relatório de uma investigadora que aponta desrespeito às restrições contra a covid-19 impostas a outros. o escândalo que ficou conhecido como “Partygate”.

(Com agências internacionais)

(Agência Estado)

 

Fernanda Cappellesso

Olá! Sou uma jornalista com 20 anos de experiência, apaixonada pelo poder transformador da comunicação. Atuando como publicitária e assessora de imprensa, tenho dedicado minha carreira a conectar histórias e pessoas, abordando temas que vão desde política e cultura até o fascinante mundo do turismo.

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