Aparecida

Número de novos casos por Covid-19 em Aparecida sobe 38,91% em 24 hora

O número de novos casos em Aparecida de Goiânia cresceu 38,91% em 24 horas. Segundo dados do Painel da Covid-19 do município, na última quarta-feira, 23, havia 185 novos casos. Na quinta-feira, 24, o número subiu para 257. O número de casos ativos também teve aumento no mesmo período. Saltou de 778 para 785. Atualmente, Aparecida tem 70.392 casos confirmados, sendo que 68.228 estão recuperados. Dos 308.182 exames realizados na cidade, 22,84% deram positivo.

Apesar de o Comitê de Enfrentamento ao Coronavírus classificar o município no cenário verde (baixo risco), quatro bairros estão em cenário vermelho em número de casos confirmados e dez no laranja. Segundo dados da última quinta-feira, 24, da Prefeitura de Aparecida, o campeão da cidade é o Jardim Buriti Sereno (3.259), em segundo lugar vem o Cidade Vera Cruz (2.858), em terceiro aparece o Jardim Tiradentes (2.319) e em quarto lugar, o Setor Garavelo (1.858). Já no cenário laranja, o Garavelo Residencial Park (1.494) figura em quinto lugar no ranking dos bairros com mais casos confirmados em Aparecida. Em seguida vêm o Parque Veiga Jardim (1.416), Sítios Santa Luzia (1.377), Vila Brasília (1.263), Independência Mansões (1.195), Colina Azul (1.165), Jardim Olímpico (1.090), Jardim Maria Inês (1.034), Jardim Tropical (1.017) e Jardim Alto Paraíso (1.017).

Os adultos entre 30 e 39 anos lideram o percentual por faixa etária de casos confirmados em Aparecida, com 24%. Em segundo lugar aparecem jovens entre 20 e 29 anos, com 22%. Em terceiro lugar estão os adultos entre 40 e 49 anos, com 20%. Em quarto lugar vêm adultos entre 50 e 59 anos, com 13%. Em seguida aparecem crianças entre 10 e jovens de 19 anos, com 8%; idosos entre 60 e 69 anos, com 7%; idosos entre 70 e 79 anos, com 3%; crianças entre 0 e 5 anos, com 2%. Crianças entre 6 e 9 anos figuram com 1% e idosos acima de 80 anos, entre 1% e 2%.

Aparecida de Goiânia adotou um modelo diferente do restante da Região Metropolitana: semelhante a 2020, a cidade foi dividida por macrozonas, algumas das quais com funcionamento de comércio permitido durante alguns dias da semana, a depender da gravidade da situação da pandemia.

Para especialista em saúde, o aumento no número de casos é reflexo da flexibilização das medidas de distanciamento social. “Não é hora para aglomeração. A gente não tem vacina para todo mundo. Se a gente não tiver uma cobertura vacinal, a gente não pode liberar tudo. Precisamos ter restrição. Ainda é um momento de atenção”, afirmou o médico infectologista Marcelo Daher.

A médica infectologista do Hospital Órion e da Polícia Militar Juliana Barreto adverte que não é o momento de relaxar nas medidas de contenção do vírus no Estado. “Quanto mais as pessoas colaborarem, mesmo entendendo toda a dificuldade econômica que se tem no momento no nosso País, no nosso Estado, mais rapidamente tudo poderá ser aberto com todas as condições de segurança.”

A infectologista lembra que a vacina contra a Covid-19 é a arma ideal para combater a doença: “Vacinar em massa a população é a nossa esperança para redução e controle da doença, já que nós já sabemos que não há nenhuma medicação profilática, ou seja, preventiva, contra o coronavírus. A medicação preventiva é a vacina. E a vacina, junto com as medidas de segurança, lavagem correta das mãos, uso das máscaras a todo tempo e distanciamento social, é que vai levar à superação da pandemia.”

Brasil pode ter 211 mil novas mortes até o fim do ano

Se o ritmo de vacinação atual não mudar, o Brasil pode ter até 211 mil mortes por Covid-19 do fim de junho à virada do ano, diz um novo estudo realizado por pesquisadores brasileiros. Atualmente, o País vacina, em média, 360 mil pessoas por dia. Em contrapartida, se o Brasil quadruplicar a imunização (para 1,44 milhão), cerca de 50 mil vidas seriam salvas, acrescenta a pesquisa.

Os cálculos foram feitos por especialistas em Ciência da Computação das universidades de São João del-Rei (UFSJ) e Juiz de Fora (UFJF), em Minas Gerais. Eles usaram modelos matemáticos levando em conta variantes como casos ativos, taxa de imunização, eficácia das vacinas, mortalidade entre vacinados e não vacinados e transmissão do vírus.

“Em todas as simulações realizadas, consideramos que toda vacina leva 35 dias para desencadear a resposta imune e é considerada na taxa de vacinação diária somente a quantidade de aplicações de primeira dose. A população máxima a ser vacinada é limitada em 160 milhões, o que corresponde ao número de pessoas aptas à imunização, de acordo com o Programa Brasileiro de Imunização”, dizem os pesquisadores em reportagem publicada no site BBC News. (E.M.)

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