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Filiação de Mendanha ao Republicanos seria um “tapa na cara” de Daniel Vilela

Crescem as especulações no meio político, a partir do meio político de Aparecida, de que o prefeito Gustavo Mendanha poderá se filiar a outro partido para disputar a eleição de governador pela oposição em 2022, caso o MDB faça opção por participar de aliança com o DEM, em torno da candidatura à reeleição do governador Ronaldo Caiado.

Desde já, o presidente estadual do MDB, Daniel Vilela, é o mais cotado para figurar como vice na chapa de Caiado. Segundo as informações com origem na cidade, o PSDB e o Republicanos são as alternativas mais cogitadas para que uma delas seja a nova opção partidária de Gustavo Mendanha para se filiar.

Mudança de partido para viabilizar candidaturas é prática corriqueira no Brasil e acontece em todos os níveis da política nacional. O maior exemplo da atualidade é o do presidente Jair Bolsonaro, que após ter sido eleito pelo PSL em 2018, se desfiliou do partido do deputado Luciano Bivar (PE). E a menos de sete meses para a chegada de 2022, o ano das eleições, Bolsonaro continua sem filiação.

No Brasil, é considerado feio e imoral mudar de time no futebol para torcer. Deixa um flamenguista anunciar que por algum motivo passou a torcer para o Vasco da Gama ou para o Fluminense; ou um vilanovense proclamar decisão de trocar o Tigrão pelo time da Serrinha, ou para o Atlético Goianiense, para ver o que acontece.

Na política, o cidadão pode mudar de partido à vontade, mas é preciso ter alguns cuidados, como, por exemplo, o de não ir para partido considerado inimigo da sigla que está deixando. Por isso, o prefeito Gustavo Mendanha pode até se filiar a outro partido, como o PSDB, por exemplo, sem que haja nenhum problema. Mas se optar por se filiar ao Republicanos do prefeito Rogério Cruz, muito provavelmente o seu gesto seria considerado como um “tapa na cara” de Daniel Vilela e de toda a família do ex-prefeito e ex-governador Maguito Vilela, morto em janeiro por complicações da Covid-19.

Não custa lembrar que foi Maguito quem convidou o então vereador Rogério Cruz, em 2018, para ser vice na sua chapa. Depois, em decorrência da fatalidade ocorrida, Rogério virou prefeito da Capital para os quatro anos.

Sentindo-se com o espaço cada vez mais encurtado na equipe de auxiliares do prefeito, os emedebistas romperam com ele. Agora, se Gustavo Mendanha – que tanto fala de lealdade a Daniel, a quem chama de “irmão”, e à memória de Maguito – trocar o MDB exatamente pelo Republicanos, o partido do prefeito que não demonstrou qualquer empenho para manter os emedebistas na sua equipe, estaria colando em sua testa sabe-se lá por quanto tempo o título de desleal. Se for para qualquer outro partido, poderá até ser compreendido, mas, para o Republicanos, jamais.

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