Aparecida

Max Menezes assume na Assembleia, mas não altera base de apoio de Caiado

A iminente posse do 1º suplente da bancada do MDB na Assembleia Legislativa, o aparecidense Max Menezes não terá influência no equilíbrio das forças políticas dentro do poder, mas introduzirá algumas mudanças na situação de Aparecida e do partido.
Max Menezes deverá se beneficiar da renúncia do deputado Humberto Aidar, que está prestes a ser indicado para o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) na vaga do conselheiro Nilo Resende, que acaba de se aposentar.
Como Aidar é do MDB, legenda a que se filiou depois de duas décadas no PT, a cadeira que ele ocupa na Assembleia continuará com o partido, assumindo, portanto, Max Menezes, filho do ex-prefeito de Aparecida Ademir Menezes e atual secretário de Desenvolvimento Urbano do município.
Nas eleições de 2018, ele conquistou mais de 30 mil votos, mas foi vítima do quociente eleitoral – deputados são eleitos não pela votação individual, mas conforme o número total de votos alcançado pela sigla a que estão filiados. O MDB fez apenas três parlamentares (mais tarde, em 2019, conquistou o passe de mais um, Henrique Arantes, eleito pelo PTB): Humberto Aidar, Bruno Peixoto e Paulo Cezar Martins.
O que muda com a posse de Max Menezes no mandato? Na Assembleia, nada. Mas ele é vinculado ao prefeito Gustavo Mendanha e ao presidente estadual emedebista Daniel Vilela, que assim passará a ter alguma influência no jogo legislativo – ainda que através de um único voto. Mas as posições que eventualmente vier a tomar no plenário servirão para avaliar a disposição oposicionista de Daniel e de Mendanha, principalmente porque, dos outros três deputados do MDB, dois (Bruno Peixoto e Paulo Cezar) integram a base de Caiado e um (Henrique Arantes) tem se declarado independente. Nenhum deles tem o costume de ouvir o presidente emedebista para votar matérias.
Os reflexos maiores da ascensão de Max Menezes se darão em Aparecida, base pela qual tentará a reeleição em 2022. Em tese, como deputado, ele terá mais chances e mais espaço para o trabalho eleitoral para tentar voltar à Assembleia – onde metade dos atuais deputados tiveram menos votos que ele. Um deles, coronel Adailton, do PP, conseguiu o mandato com pouco mais de 9 mil sufrágios.

Mesmo sendo o 2º mais populoso, município perdeu o protagonismo

O lançamento simultâneo de um grande número de candidatos à Assembleia pulveriza votos e acaba prejudicando Aparecida, que, na atual Legislatura, não tem nenhum representante no Parlamento estadual. Apesar da grandeza do município, disputando com Anápolis o 2º lugar como maior PIB municipal do Estado e com o 2º maior número de eleitores do Estado, atrás apenas de Goiânia, Aparecida, sem deputado estadual, é obrigada a engolir a redução da sua presença geopolítica, importância e dimensão política. Em passado recente, a cidade chegou a ter três deputados estaduais ao mesmo tempo – Chico Abreu, Ozair José e Marlúcio Pereira. Em outra, contava com dois parlamentares: Ozair José e Ademir Menezes, sempre mantendo protagonismo na política estadual.

Mendanha falhou ao não eleger deputado estadual

O prefeito de Aparecida, Gustavo Mendanha, é o primeiro da história recente do município a governar sem o apoio de ao menos um deputado estadual, elemento vital para garantir o encaminhamento de demandas na esfera do Palácio das Esmeraldas.
Tradicionalmente, prefeitos do passado, como Norberto Teixeira, Ademir Menezes, José Macedo e Maguito Vilela, cumpriram seus mandatos contando com a cobertura de dois ou até três parlamentares com assento na Assembleia Legislativa.
Mendanha, talvez para evitar sombra ou por incapacidade na transferência de votos, não conseguiu. Depois de 30 anos consecutivos, Aparecida não elegeu nenhum representante no Parlamento estadual no pleito de 2018.
No passado, um exemplo de casa: até mesmo o pai de Mendanha, o falecido Léo Mendanha, chegou a ser deputado estadual pelo município, cumprindo dois mandatos na Assembleia, sempre pelo MDB.
Nas eleições de 2018, o atual secretário municipal de Desenvolvimento Urbano, Max Menezes, filho do ex-prefeito Ademir Menezes (outro que foi deputado estadual), concorreu e ultrapassou a marca dos 30 mil votos, mas errou nos cálculos e não conseguiu alcançar o quociente eleitoral – ficando na 1ª suplência da bancada do MDB.
Para 2022, entre sete e dez nomes aparecidenses se articulam para disputar uma vaga na Assembleia, a começar pelo próprio Max Menezes, que deve assumir nos próximos dias a vaga que no momento é do deputado emedebista Humberto Aidar, prestes a se transferir para o TCM.
Entre eles, estão: Marlúcio Pereira (Republicanos), Veter Martins (PSD), Cláudio Everson (PP), André Fortaleza (MDB) e Vanilson Bueno (PSDB). O ex-deputado estadual Ozair José (PSC) também anuncia uma nova candidatura à Alego. Ex-candidata a prefeita de Aparecida nas eleições de 2020, Márcia Caldas (Avante) é outra que deverá concorrer.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo