Aparecida

Editorial do Diário de Aparecida: Apequenado

O prefeito Gustavo Mendanha enveredou por um caminho que traz prejuízos para a população de Aparecida ao virar as costas para as parcerias com o governo do Estado em razão dos ressentimentos pessoais que passou a nutrir em relação a Ronaldo Caiado desde a eleição do ano passado.

Caiado, do alto da sua longa e bem sucedida carreira como um líder que não mente e não deixa companheiro na chapada, deu apoio para Márcia Caldas, do Avante, na disputa pela prefeitura, na qual teve o apoio do DEM, partido do governador.

Mendanha não digeriu, certamente por acredita que, em Aparecida, ninguém tem o direito de se antagonizar a ele, ainda que mediante a farta distribuição de empregos por conta dos cofres da prefeitura – método arcaico de fazer política, melhor dizendo, politicagem, que eliminou a oposição ao seu mandato e distorceu a realidade ao criar uma falsa e artificial “unanimidade” em torno da figura do prefeito.

Mas o pior de tudo é o desrespeito à verdade. Mendanha alega que ouviu da maioria dos prefeitos do MDB que não há concordância com a indicação de um representante do partido, provavelmente o presidente estadual Daniel Vilela, para a chapa da reeleição de Caiado, consolidando uma aliança com o DEM. Que faça a citação dos nomes e comprove que não está divulgando uma falácia para atender ao sentimento de ódio que claramente nutre pelo atual governador.

Que esclareça também se é mesmo “irmão” e “fiel” a Daniel Vilela, quando, ao mesmo tempo em que dispara falácias sobre o ambiente interno do MDB, trabalha para obstaculizar o caminho do filho e herdeiro político de Maguito Vilela rumo à vice-governadoria, daí para 9 meses de governo em 2026 (com a desincompatibilização de Caiado para disputar o senado) e, na mesma eleição, uma candidatura desde já com elevadas chances de vitória – já que Daniel estaria se candidatando em nome de um dos eixos de poder mais poderosos da história recente de Goiás.

Se não responder a essas questões, Mendanha mostrará que é um oportunista, disposto a apunhalar pelas costas o “irmão” a quem ele deve o seu 1º mandato de prefeito e cada vez mais apequenado na sua falta de conteúdo intelectual e visão de futuro.

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