Aparecida

Alternativas para Mendanha, se sair do MDB, são todas “más companhias”

Não será fácil a vida do prefeito de Aparecida, Gustavo Mendanha, caso decida deixar o MDB e sair a campo para procurar um novo partido e um grupo político.
No MDB, Mendanha faz parte da corrente que manda no partido, ou seja, o “vilelismo”, representado pelo presidente estadual da legenda, Daniel Vilela, filho e herdeiro político de Maguito Vilela. É um grupo forte, senhor de uma das mais antigas e poderosas siglas do Estado, também a mais conhecida pela população.
Fora, tudo é escuridão para Mendanha. Ele pode se filiar a praticamente qualquer partido: qual deles não aceitaria o prefeito de uma das maiores cidades do Estado? Os mais cotados para receber Mendanha são PL, PP, Podemos, Republicanos e PSDB. Em comum, todas essas agremiações têm uma característica: já têm dono em Goiás. Isso significa que são controladas por mão de ferro por lideranças já estabelecidas, decorrendo daí que Mendanha não terá, em nenhuma delas, qualquer poder de decisão. Para piorar, muitas contam com políticos problemáticos no seu comando, a exemplo do PSDB e do PP, que têm dirigentes que passaram pela prisão.
Vejamos um exemplo para ilustrar o desafio que se colocará para Mendanha se ele, de fato, abandonar o MDB e se filiar ao PL. A deputada federal Magda Mofatto é a proprietária do partido. E uma pessoa de baixíssima confiabilidade. Ela levou para o PL a vereadora Dra. Cristina, prometendo que ela seria candidata a prefeita de Goiânia. Na hora H, pisoteou as próprias palavras, afastou Dra. Cristina e foi apoiar a candidatura de Maguito Vilela. Quem garante que a história não se repetiria com Mendanha?
Um político só tem certeza do que o seu partido vai fazer quando ele controla esse partido. Fora daí, são só incertezas. Mendanha, que, a propósito, não controla nada dentro do MDB, mas tem tradição e história com o grupo dominante, também não o fará em qualquer outra legenda a que se filiar e terá relação apenas recente com os seus novos parceiros de partido. É o caminho para o desastre.

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