Aparecida

Aparecida enfrenta crise financeira e esgota recursos para combater a Covid-19

Além de enfrentar uma situação crescimento diante do crescimento descontrolado da Covid-19, com a ocupação dos leitos de UTIs aproximando dos 100%, Aparecida passa ainda por uma outra crise – a financeira.
O prefeito Gustavo Mendanha (MDB) culpa os governos federal e estadual, mas esquece-se da expansão dos gastos da sua gestão com a folha de pagamento, em especial depois da “reforma administrativa” do final do ano passado que criou mais 8 secretárias municipais, cada uma com pacotes de novos cargos comissionados. Isso foi feito para atender aos acordos políticos que viabilizaram a reeleição de Mendanha.

A campanha para a reeleição aumentou os gastos da prefeitura, a ponto, hoje, se se constatar alguma penúria. Muitas das secretarias adicionadas, elevando o total para 27 pastas, ainda não entraram em funcionamento, como a de Segurança Pública, promessa do período eleitoral. Mas um titular, um secretário executivo, superintendente e diretores estão nomeados e recebendo desde o início de janeiro.

Há ainda problemas com a documentação do município para efeito de receber verbas federais. Alguns relatos indicam faltam de certidões essenciais para o acesso a recursos oriundos de emendas, por exemplo, que os deputados federais Glaustin Fokus (PSC) e Professor Alcides (PP) colocaram no orçamento da União.

“Os recursos que tínhamos alocados para combater a covid-19, cerca de R$ 50 milhões, estão chegando ao final. Faz-se necessário um aporte do Ministério da Saúde, da Secretaria Estadual de Saúde para ajudar. Temos feito esse trabalho para atender não só o munícipe, mas também de outras cidades. Começamos a ter uma preocupação em relação à questão financeira do município”, disse Gustavo Mendanha em entrevista à rádio Bandeirantes de Goiânia.

A prefeitura está padecendo com instabilidade no seu fluxo de caixa, com a queda de arrecadação proveniente da redução da atividade econômica a partir dos efeitos negativos da pandemia em Aparecida. Mendanha alerta que, sem repasses, “a conta não vai fechar”. Mendanha está tentando uma audiência com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, para reivindicar recursos para socorrer a prefeitura nas ações contra a Covid-19, em especial no Hospital Municipal. O Ministério da Saúde, até agora, não deu nenhuma resposta ao prefeito.

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