Aparecida

Aparecida segue em permanência com o modelo de zoneamento por macrorregiões

Na contramão da decisão estadual, Aparecida de Goiânia segue com o modelo de isolamento social intermitente por escalonamento regional. Atualmente, a cidade se encontra na Matriz de Risco moderado (cenário amarelo), onde as macrozonas fecham apenas uma vez de segunda a sexta-feira, e podem abrir apenas serviços essenciais dispostos na portaria. Nesse cenário, todas as macrozonas podem abrir aos sábados, mas devem ficar fechadas aos domingos, com exceção dos essenciais. Em reunião na tarde da última segunda-feira, 12, o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos), e o governador Ronaldo Caiado (DEM) decidiram, em consenso, manter a flexibilização do funcionamento do comércio e atividades consideradas não essenciais, com regras específicas de restrições em estabelecimentos com potencial para gerar aglomeração.
O decreto estadual anterior, que era seguido pela Prefeitura de Goiânia, previa o escalonamento de 14 dias com atividades fechadas e duas semanas com elas abertas. Caso continuasse a ser seguido, as restrições de funcionamento deveriam retornar hoje, 14, o que não vai ocorrer.
Representantes da Capital e do Estado defendem que acabar com o decreto 14×14 foi possível porque o cenário da pandemia atualmente é de estabilidade ou queda, e que a continuidade disso depende do comportamento da população e do seguimento de protocolos. Contudo, o mapa de calor elaborado por técnicos da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) identifica a maior parte do Estado como situação de calamidade, que é a de maior gravidade, incluindo a região Central, onde está localizada Goiânia. A taxa geral (pública e privada) de ocupação de leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) voltados ao tratamento da Covid-19 em Goiás é de 87,97% e em Goiânia, de 89,40%, segundo a pasta.
O secretário de Estado da Saúde, Ismael Alexandrino, afirmou que há uma tendência real e sustentada de queda da pandemia em Goiás. Entre as informações que são analisadas diariamente, Ismael destacou o indicador conhecido como número efetivo de reprodução da infecção (RE), da taxa de mortalidade e, principalmente, o recuo de pedidos de vagas de UTI. “Não estamos no momento confortável, mas é um momento para refletir a situação sanitária para que tenhamos as atividades desenvolvidas no dia a dia, mas que respeitem os protocolos de saúde”, pontuou Ismael Alexandrino sobre a responsabilidade da população em colaborar com as regras sanitárias.
O secretário municipal de Saúde, Durval Pedroso, fez uma apresentação técnica dos indicadores mais recentes da pandemia e destacou queda de 16% para 5,8% nas testagens ampliadas que vêm sendo realizadas na Capital desde que as medidas restritivas foram iniciadas. As informações elencadas também mostram recuo nas taxas de contaminação, ocupação de leitos e pedidos de vagas de UTI. “Goiânia também tem avançado com a vacinação e tem percebido os primeiros efeitos deste trabalho”, frisou.

Parceria
O governador Ronaldo Caiado elogiou a postura de diálogo de Rogério Cruz e disse que “a população entende como uma decisão harmoniosa, discutida, elaborada e, como tal, não dá espaço para que haja contestação em relação aos poderes constituídos”. Caiado também enfatizou o trabalho das equipes técnicas para combater o coronavírus. “Nós não decidimos nada que não seja em conjunto. A nossa área técnica precisa conversar primeiro para avançarmos nosso entendimento e fazer com que isso amplie cada vez mais, já que nosso objetivo é salvar vidas e nosso inimigo é o vírus”, disse.
Caiado também alertou para a necessidade de toda a população se engajar no combate à Covid-19. “Se não tivermos a contrapartida da população e a demanda de leitos for maior do que nós temos de oferta, se a RE ultrapassar o parâmetro de 1,2 em diante, não conseguiremos e, como tal, teremos que recuar dessa medida”.
O prefeito Rogério Cruz destacou que as concessões do município devem ser bem avaliadas, já que as decisões da Capital têm sido seguidas por diversas cidades goianas. No entanto, os indicadores da Covid-19 permitem a decisão de equilíbrio. “Temos uma certa segurança do que estamos acompanhando há uma semana, não temos pacientes de UTI em espera e a cada dia temos aumentado o número de leitos, porque sabemos que viemos dos 14 dias fechados e precisamos estar muito atentos do que podemos receber nos próximos dias”, explicou o prefeito ao citar os últimos feriados e como o comportamento das pessoas deve refletir na estrutura hospitalar.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo