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Caiado cumpre meta de regionalização da saúde

Governador surpreende em um ano e meio com instalação de vários hospitais, criação de leitos de UTI e policlínicas; Antes de Caiado, Goiás tinha 259 UTIs em quatro municípios. Agora são 583 UTIs em 16 municípios. Estado segue com agenda paralela à pandemia

Da Redação

O govenador Ronaldo Caiado (DEM) conseguiu cumprir antes de finalizar seu segundo ano de gestão uma das etapas mais caras, problemáticas e importantes de seu plano de governo: a regionalização da saúde.  A ação implicava, inclusive, levar UTIs para os municípios. Com a urgência da pandemia, o gestor se viu obrigado a unir a necessidade com o seu plano de espalhar hospitais e unidades de terapia intensiva nas cidades mais distantes da capital. Ainda que tenha a concorrência de outros dois gestores médicos, Henrique Santillo e Alcides Rodrigues, Caiado é o governador que mais abriu leitos no interior goiano.

Antes de Caiado, Goiás tinha 259 UTIs em quatro municípios, sendo a maioria em regiões metropolitanas. Com 16 meses de governo, o salto de Caiado é muito grande: 583 UTIs em 16 municípios. Ele terminou a última semana diante de grande pressão da covid-19, mas na quinta-feira, 16, inaugurou o Hospital de Campanha de São Luís de Montes Belos. Os desafios da doença possibilitaram levar hospitais para Águas Lindas, Porangatu, São Luis de Montes Belos, Itumbiara e outras cidades. A estadualização (caso do Hospital de Luziânia) foi uma das formas de agilizar os atendimentos.

A própria oposição na Assembleia Legislativa reconhece que o governador conseguiu cumprir uma de suas mais complicadas promessas de campanha, já que Goiás jamais investiu na regionalização de hospitais. “É fato que ele tem se desdobrado para levar saúde para cidades que antes tinham como terapia só ambulância. Ele vai aposentar aquela prática de que ambulância era a salvação. Isso, para o povo, é uma marca”, diz um deputado estadual com experiência na área de saúde que é da ala da oposição não raivosa. “Não adianta reclamar. É preciso reconhecer esse trabalho dele”.

Só quem mora no interior e sabe a diferença que faz um minuto entre a vida e a morte e a distância em quilômetros da Capital. Ao começar a colocar fim na prática da “ambulâncioterapia”, com UTIs e policlínicas, o gestor partiu para uma segunda fase de sua gestão, que é deixar as contas em dia. Também na semana que passou Caiado conseguiu o feito: o Tribunal de Contas do Estado (TCE), na última terça-feira, 14, aprovou as contas do Balanço Geral do Estado (BGE), enviado pelo governador para os conselheiros de contas.

Coube até mesmo elogios por conta da relatora Carla Santillo, que sublinhou o fato de Goiás aplicar os percentuais constitucionais da Saúde e Educação – o que não ocorreu em 2017, com as contas rejeitadas previamente pelo TCE, objeto depois de uma disputa judicial. Para a relatora, Goiás teve “transparência na gestão fiscal, com o cumprimento das metas fiscais e dos índices constitucionais, notadamente de Saúde e Educação, com a observância dos limites de endividamento, com a gestão do patrimônio público”.

 

Governador começa nova etapa

Com o reconhecimento da boa gestão pela sociedade e órgãos de controle, o governador Ronaldo Caiado entra em reta decisiva de seu mandato. Ele caminha para o cumprimento de dois anos em dezembro, mas diante de uma das crises mais graves da história.

O governador herdou primeiro uma crise econômica e moral em Goiás – a maior dívida pública de todos os tempos, cerca de R$ 20 bilhões, inviabilizou até mesmo pedidos de empréstimos. Salários atrasados, hospitais sob intervenção, universidades sem pagamentos de bolsas, prefeituras sem repasses e com sua maior empresa – a Celg – vendida. Esta realidade se juntou à pandemia internacional de coronavírus.

Mas o gestor segue com desafios mesmo durante a tempestade. Na última semana, superou os bons dados da segurança pública de 2019. A queda de 16,52% nos homicídios e 37,14% nos latrocínios demonstram que existe uma mudança na sensação de segurança pública na sociedade a partir de uma estratégia de combate da criminalidade.

Nesta segunda fase de governo, dizem os aliados, o gestor teria foco ainda mais na recuperação das rodovias, no aperfeiçoamento do serviço público através de investimentos no servidor, na maior atração de indústrias e superação financeira do ambiente econômico já favorável – afinal, durante a pandemia, Goiás foi o único estado do país a apresentar crescimento, como se vê nos dados do IBGE deste mês.

Se no primeiro ano ocorreram reformas estruturantes (caso da previdência, administrativa e Progoias), o segundo e terceiro ano devem ser focados numa maior visibilidade de ações na cultura, esportes, social e infraestrutura.

ESTABILIZAÇÃO
A superação da agenda da saúde deve terminar com a estabilização dos casos de covid-19. Aos auxiliares, Caiado tem cobrado trabalho e empenho, já que o “Estado não pode parar”. Ao contrário do que se espera, em ano eleitoral, Caiado não quer ver a máquina pública envolvida na disputa. Muito menos gestores. Os próximos meses já estão comprometidos com a finalização de obras na área de saúde, investimento em habitação e busca de novidades para a educação.

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