Aparecida

Editorial do Diário de Aparecida: Aparecida paralisada

Há pouco tempo, em entrevista ao Diário de Aparecida, o deputado federal Glaustin da Fokus assinalava que, dentre todos os prefeitos que governaram Aparecida nos últimos 20 ou 30 anos, o atual, Gustavo Mendanha, é o que menos atraiu investimentos empresariais para o município.
Glaustin da Fokus citou nominalmente Maguito Vilela, Ademir Menezes e até José Macedo como gestores que se preocuparam com a industrialização de Aparecida, marcando seus mandatos por uma forte expansão da economia em termos de implantação de fábricas e geração de empregos e renda.
O deputado federal, que é um capitão de indústria e conhece profundamente o setor, disse naquela ocasião que Gustavo Mendanha gosta de se apresentar como um bom administrador, porém, se estabelecida uma comparação entre as empresas que vieram para Aparecida na sua gestão e as que acorreram no passado, “o fiel da balança vai desfavorecer o atual prefeito”, ainda mais quando se lembra que, na campanha passada, a geração de empregos foi uma das principais promessas de Mendanha.
É bom lembrar que o atual prefeito está no 4º ano e 4º mês de governo e que, portanto, teve tempo demais para correr atrás de capitais para instalação em Aparecida, mesmo porque, descontando-se o pouco mais de um ano de efeito negativo da pandemia, ainda sobram pelo menos 36 meses de funcionamento normal da política e da economia, em que a velocidade de captação de investimentos empresariais caiu a zero no município.
Pior é que, conforme levantamento do repórter Eduardo Marques nesta edição, quatro empresas fecham as portas a cada dia útil em Aparecida, computados os números deste trimestre. Alguma reação é necessária. Ainda que haja uma paralisia nacional em termos de expansão de negócios, pelo menos seria interessante que o prefeito deixasse patente o seu esforço para reverter essa triste situação.

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