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Casos de varíola dos macacos nas Américas chegam a 5,3 mil

Brasil, Estados Unidos e Canadá são os mais afetados. Até o momento são 18 mil casos global

Nenhuma morte por varíola dos macacos foi relatada na região até o momento. Foto. Reuters/Eduardo Munoz/Direitos reservados

 

A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) disse ontem, quarta-feira, que quase 5,3 mil casos de varíola dos macacos foram relatados até agora em 18 países e territórios do continente americano – a maioria no Brasil, Estados Unidos e Canadá.

 

A vice-diretora da Opas, Mary Lou Valdez, disse em entrevista coletiva que quase todos os casos continuam sendo relatados entre homens que fazem sexo com homens, entre 25 e 45 anos, mas alertou que qualquer pessoa pode contrair a doença, independentemente de seu gênero ou orientação sexual.

 

Nenhuma morte por varíola dos macacos foi relatada na região até o momento. No fim da semana passada, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o surto de varíola dos macacos uma emergência de saúde global, nível mais alto de alerta, com mais de 18 mil casos relatados globalmente.

 

O diretor-assistente interino da Opas, Marcos Espinal, disse que cerca de 10 países nas Américas já disseram que estavam interessados em comprar uma vacina contra a varíola, mas não revelou quais foram.

 

A Opas também divulgou que está “bem avançada” nas negociações com um produtor para comprar vacinas de terceira geração contra a doença e que espera que algum suprimento chegue ainda este ano, embora em quantidades limitadas.

 

“Nós achamos que teremos vacinas este ano”, disse Espinal. Mesmo assim, o chefe da unidade de gestão de riscos infecciosos da organização, Andrea Vicari, disse que o risco de varíola dos macacos para a população em geral permanece “muito baixo”, e que uma campanha de vacinação em massa não é recomendada no momento.

 

Brasil tem situação “preocupante” com notificações de monkeypox

 

O Brasil tem 813 casos confirmados da varíola dos macacos (monkeypox), segundo dados do Ministério da Saúde. Na última terça-feira (26), a líder técnica da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a doença, Rosamund Lewis, disse que a situação no país “é muito preocupante” e que os casos podem estar subnotificados por não haver testes suficientes à disposição.

 

“É importante que as autoridades também tomem conhecimento da emergência de saúde pública e de interesse internacional, das recomendações e tomem as medidas adequadas”, declarou. Ela também disse que o surto pode ser interrompido com “estratégias certas nos grupos certos”. “Mas o tempo está passando e todos precisamos nos unir para que isso aconteça”, acrescentou.

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