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Cesta de Páscoa medida pela FGV tem deflação de 0,99%

A batata-inglesa apresentou maior redução de preço, de 28,9%

De acordo com pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV), os preços da cesta de Páscoa deste ano tiveram queda de 0,99%, em comparação com o mesmo período do ano passado, quando os produtos mais comercializados na época subiram 29,67%. A taxa registrada na Páscoa de 2020 ficou abaixo da inflação acumulada entre abril de 2019 e março deste ano pelo Índice de Preços ao Consumidor da FGV (IPC/FGV), que foi de 3,44%.

Entre os alimentos mais consumidos na Páscoa, a batata-inglesa apresentou a maior redução de preço, da ordem de 28,93%, seguida de azeite (-5,09%) e azeitona em conserva (-2,14%). No ano passado, a batata-inglesa também foi o destaque, mas no sentido inverso, revelando alta de 104,91%.

“Se tirasse a batata do contexto, a variação em 2019 teria sido bem mais baixa. Mas a batata tinha subido em 12 meses até março do ano passado mais de 100% e isso acabou puxando a cesta para cima”, explicou o economista André Braz, coordenador do IPC/FGV. Este ano, o preço da batata-inglesa está negativo porque as condições de safra são favoráveis, disse Braz.

Ovo de Páscoa

André Braz informou que os preços dos ovos tradicionais de chocolate, consumidos na Páscoa, não ficaram muito diferentes do ano passado. Esse produto, tradicionalmente, aumenta em torno de 10% de um ano para outro, “mas em comparação com a última Páscoa, a gente não viu aumento, porque tem muita promoção, não só pela proximidade da Páscoa, como também pela impossibilidade de locomoção das famílias e pelo baixo volume de vendas”.

Braz lembrou que com o isolamento social, muitas pessoas pararam de prestar serviços e não estão ganhando dinheiro. Isso tem limitado muito o orçamento das pessoas e os ovos de chocolate passam a ser considerados itens supérfluos, o que acaba tendo impacto no preço.

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