Aparecida

Mendanha desrespeita Aparecida ao “politicar” em vez de trabalhar

O prefeito de Aparecida, Gustavo Mendanha, só pensa em política: ele abandonou a gestão do município para se meter de corpo e alma em uma série de viagens e encontros com lideranças para tratar das eleições de 2022.

Mas não é só fora da Cidade Administrativa que Mendanha faz política: ele passou a usar o gabinete e os recursos da prefeitura, como carros oficiais, por exemplo, para finalidades que nada têm a ver com a gestão de Aparecida.

Nunca é demais lembrar: o município enfrenta desafios que exigem respostas urgentes. Há famílias passando fome, crianças sem vagas nos Cmei’s, bairros na lama e na poeira e, o que é pior, a economia paralisada pelo impacto da pandemia do novo coronavírus, que liquidou a atração de novas empresas para Aparecida.

Em dias úteis, em que deveria estar trabalhando no prédio da Cidade Administrativa ou nas ruas, Mendanha já foi para Trindade, Luziânia, Anápolis e para Morrinhos, dentre outras “visitas”, para discutir política eleitoral.

Semana passada, na quinta-feira, 20, gastou quase um dia inteiro recebendo uma comitiva de lideranças do PSDB, a pedido do ex-governador Marconi Perillo. A reunião aconteceu no auditório apenso ao gabinete de Mendanha, com discursos e elogios mútuos que nada têm a ver com as responsabilidades que o prefeito tem em relação aos mais de 600 mil moradores de Aparecida.

No dia seguinte, sexta, 21, ele foi para a sede do diretório estadual do MDB, na Avenida Paranaíba, em Goiânia, para participar da recepção a políticos de Porangatu, que, em seguida, ele levou para a Cidade Administrativa a pretexto de “conhecerem” a sua administração.

Logo após, no mesmo dia, largou o expediente por volta das 15h para viajar para Morrinhos, onde posou para fotos com o prefeito Joaquim Guilherme, do PSDB – condenado a três anos e três meses de prisão, convertidos em prestação de serviços comunitários, porém em fase de recurso à sentença.

O encontro sugere que Mendanha está aprofundando suas relações com os tucanos, inclusive como “menino de ouro” do ex-governador Marconi Perillo, que teria prometido apoio a ele caso tenha a coragem de renunciar ao mandato para se aventurar nas eleições do ano que vem. O presidente da Fieg, Sandro Mabel, também participa da articulação e tem se tornado íntimo do prefeito de Aparecida.

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