Comerciantes do Jardim dos Buritis estão isolados por falta de estrutura no trânsito

A falta de estruturação das avenidas das Palmeiras com a Jataí no Jardim dos Buritis tem prejudicado os comerciantes de um dos lados do bairro. Os motoristas que vêm da BR- 153 se deparam com a ilha no meio e não acessam uma das avenidas comerciais. A demanda é antiga e os comerciantes estão amargando prejuízos financeiros, além  de presenciar constantes acidentes, inclusive com capotamentos e vítimas fatais.

Maione Padeiro, presidente da Associação Comercial e Industrial da Região Leste de Aparecida (Acirlag), disse ao Diário de Aparecida que há comércios que estão fechando devido às dificuldades. Disse ainda que já houve parecer técnico da SMTA (Superintendência Municipal de Trânsito e Transporte de Aparecida de Goiânia) no qual constatou que há viabilidade no projeto para solução do gargalo.

“O motorista que vem da BR-153 não entra para dentro do setor ficando um lado do bairro literalmente ilhado. A Acirlag foi provocada e fizemos uma reunião com as autoridades do município, que são os da Infraestrutura, SMTA, e do Desenvolvimento Urbano”, relembrou, referindo-se ao encontro do dia 5 de agosto de 2021 acontecido onde as avenidas se cruzam.

Neste dia 5 de agosto, secretários municipais foram ao local e fizeram  o compromisso com os comerciantes de que a via seria aberta, os semáforos colocados e o trecho liberado. O que animou os comerciantes que acreditaram que o problema que os impedem de se desenvolver seria solucionado.

Porém, faltavam as placas de fotosensor para a sinalização. Desse modo a Acirlag fez interlocução na busca de parceria junto à Secretaria de Municipal de Mobilidade de Goiânia (SMM) que de imediato se prontificou a doar as placas de fotosensor. Por se tratar de obra pública municipal, a SMTA foi o órgão que preparou o ofício e entregou a SMM.

Viabilizada pela Acirlag, a visita aos comerciantes para ver de perto os pontos das avenidas referidas, foi feita pelos seguintes secretários municipais, juntamento com seus diretores, Sérgio Cândido da SMTA (Superintendência Municipal de Trânsito e Transporte de Aparecida); Mário Vilela, Seinfra; Max Menezes, SDU; Hilário Giacomet, secretário executivo da SDU; Secretário Executivo da Articulação, Almeida Ferreira; o chefe de gabinete da secretaria de Habitação, Leonardo Melo, e o Comandante da 2° Regional da GCM, Inspetor Ricardo Pinheiro.

“Precisamos de um olhar que contemple nossa situação”

Os proprietários da Garra Instalações de Gás, testificaram ao Diário de Aparecida que o prejuízo advém da precariedade da sinalização e da ruptura que dividiu a Avenida das Palmeiras em duas partes, isolando quadras como a 4, 16, 18, entre outras.

“Estamos isolados e para completar não há placas que informem sobre os  quebra-molas, não tem placas de pare e faixas de pedestres. Precisamos de uma sinalização que informe que o bairro também se inicia aqui. A Avenida das Palmeiras é de grande porte e de mão dupla. Precisamos de um olhar que contemple nossa situação”, disse a comerciante, Viviany Mamedio.

“A construção de um eixo, cortou a principal avenida ao meio e a escondeu (Av. das Palmeiras). Não há sinalização que indique que estamos aqui. Se o motorista quiser acessar a avenida, vem pelas ruas paralelas para sair num retorno ou vir pela Avenida W1 correndo risco de acidente. Na semana passada, infelizmente aconteceu outro atropelamento. Resumindo, a entrada do setor ficou escondida e com acidentes toda semana”, relatou o empresário Brunno Bergamaschi.

“É preciso uma interferência, pois já houve acidentes graves com vítima fatal. Estamos na luta pela estruturação da via que vai melhorar os setores, Jardim dos Buritis, Santa Luzia, Parque São Jorge, Parque Flamboyant, e todos os bairros da nossa região. A solução vai tirar dos comerciantes e suas famílias muitas preocupações”, relatou Maria do Socorro Silva, empresária e moradora do Jardim dos Buritis há mais de 30 anos. (A.P.A.)

Prefeitura de Aparecida se limita a responder de forma vaga e imprecisa

O Diário de Aparecida reportou a queixa dos comerciantes à Secretaria Municipal de Comunicação (Secom), indagando quando a via será estruturada. A pasta confirmou que houve avaliação técnica, mas constatada como inviável. Entretanto, a Seinfra está estudando outras medidas sem data para resolução.

Nota na íntegra

“A Secretaria de Infraestrutura de Aparecida (Seinfra) em conjunto com a Secretaria Executiva de Mobilidade e Trânsito (SMTA) realizou uma avaliação técnica do local e verificou que em razão do desnível da via e da rede de transmissão (alta tensão), a implantação de sistema semafórico e rotatória são inviáveis, pois colocaria em risco a segurança da população. A Secretaria informa ainda que outras medidas estão sendo estudadas para atender ao pedido dos comerciantes e melhorar a trafegabilidade na região.” (A.P.A.)