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Daniel Vilela enquadra Mendanha: “É precipitado discutir eleição agora”

Presidente do MDB em Goiás, Daniel Vilela voltou a reafirmar, esta semana, que é cedo para falar em candidatura própria ao governo do Estado ou aliança partidária em 2022. O deputado estadual Paulo Cezar Martins, que teve a chapa indeferida para disputar a Executiva estadual da sigla, defende o lançamento de um nome próprio, assim como o prefeito de Aparecida, Gustavo Mendanha. “Essa discussão, agora, é precipitada. Naturalmente o partido vai decidir sobre isso ouvindo todos os líderes”, disse Daniel Vilela ao Portal Mais Goiás.

Com o indeferimento da candidatura de Paulo Cezar – por não cumprir o estatuto –, a chapa de Daniel ficou como única a concorrer nas eleições para o diretório estadual nesta sexta-feira, 18. Daniel Vilela e o ex-prefeito Iris Rezende devem se encontrar com Ronaldo Caiado, nos próximos dias, para começar a conversar sobre a aliança do MDB com o DEM, em apoio à reeleição do governador. O MDB deve, nesse acordo, reivindicar a vaga de vice-governador ou de senador na chapa majoritária.

Daniel e Iris parecem afinados contra o lançamento de candidatura própria do MDB por várias razões, entre elas a popularidade do governador Ronaldo Caiado e a falta de competitividade eleitoral do partido, levando os emedebistas a adiar para 2026 o projeto de conquista do Palácio das Esmeraldas.

Mas o prefeito Gustavo Mendanha discorda e entrou em rota de colisão com Daniel e Iris desde janeiro, quando “convidou” prefeitos e lideranças do MDB a visitarem seu gabinete, em Aparecida, para apresentar-se como alternativa majoritária às eleições de 2022, sabendo que o dirigente emedebista é o protagonista do partido para qualquer cargo em disputa – governador, vice ou senador –, após a morte do ex-prefeito Maguito Vilela e a aposentadoria de Iris Rezende.

Em total e absoluta desconsideração com Daniel Vilela, responsável pela escolha de seu nome à convenção do MDB como candidato a prefeito em 2016, Mendanha passou a “rivalizar e medir prestígio” com o colega dentro do partido nos municípios goianos. “É um desrespeito, para não dizer traição de Mendanha em relação a Vilela”, diz um ex-presidente estadual do MDB.

Filho de Maguito deve confirmar hegemonia no comando do MDB

A convenção do MDB de Goiás, a ser realizada nesta sexta-feira, 18, em Goiânia, deve confirmar a hegemonia de Daniel Vilela no comando partidário, o que lhe assegura controle das definições sobre candidaturas majoritárias e proporcionais às eleições de 2022.

Há quatro anos na presidência da executiva do MDB, Daniel Vilela conduz o partido com “mão de ferro”, ou seja, não permite que dissidentes conquistem espaços internos no partido. Um exemplo disso é a tentativa de Paulo Cezar Martins de se opor, com candidatura de enfrentamento ao atual presidente. Mais uma vez, o deputado estadual está a caminho de nova derrota.

O ex-deputado federal e dirigente acaba de retornar de um giro pelo interior do Estado e acumula apoios para permanência no comando do MDB de prefeitos, vices, vereadores, ex-prefeitos e dirigentes partidários e delegados à convenção estadual. Ele, pelo levantamento do Diário de Aparecida, tem mais de dois terços dos votos dos convencionais para ser reeleito presidente do MDB pela terceira vez consecutiva.

Nessa reestruturação do diretório estadual, Daniel conta com o apoio do ex-prefeito Iris Rezende, ainda uma forte liderança do MDB, apesar da sua anunciada aposentadoria política. Daniel se aliou a Iris para defender a coligação do MDB com o DEM caiadista no pleito do próximo ano.

Daniel Vilela tem evitado qualquer definição sobre o lançamento de candidato próprio ao Palácio das Esmeraldas, enquanto se prepara para os embates eleitorais futuros. Para o ano que vem, segundo ele, a prioridade do partido deve ser conquistar cadeiras de deputado federal e deputado estadual e, quem sabe, de senador. (H.L.)

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