Aparecida

Editorial do Diário de Aparecida: Intransigência

O novo decreto, que determina o fechamento de todos os estabelecimentos de comércio de atividades não essenciais em Aparecida de Goiânia por sete dias, entrou em vigor nesta segunda-feira, 1º de março. É sabido por todos que a medida é de extrema necessidade neste momento em que o município enfrenta uma fase de pré-colapso na saúde quanto à oferta de leitos para pacientes em tratamento contra a Covid-19. 

Porém, empresários aparecidenses reclamam da intransigência do prefeito, Gustavo Mendanha, para a publicação das novas diretrizes. A classe afirma que que não foram ouvidos quanto ao novo decreto e temem por um colapso dos negócios, além de indicar completa ausência de diálogo entre o Poder Público e o setor produtivo. 

Eles defendem também uma ação emergencial das prefeituras de Aparecida e de Goiânia para compensar o empresariado pelas perdas com a obrigação de fechar as portas por uma semana, que provavelmente vai ser prorrogada por mais uma. E afirmam que muitos comerciantes terão que abaixar suas portas em definitivo, já que ainda nem conseguiram se recuperar do longo período que ficaram sem funcionar no ano passado.

O que se percebe, a cada dia, é que o combate à pandemia aqui no município está polarizado e atuando de forma radical, suscetível aos mandos e desmandos de Mendanha. É preciso equilíbrio. É preciso salvar vidas, mas também é preciso salvar a economia e os empregos. Não se pode aceitar que Aparecida, que assumiu um papel pujante de desenvolvimento na gestão de Maguito Vilela, retorne ao posto de cidade dormitório com a atual gestão. 

A intransigência não pode ocupar o lugar do diálogo com a sociedade neste momento de pandemia, em que é crucial que o Poder Público dialogue com a sociedade na busca de soluções coletivas eficientes para todos.

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