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Dicas para empregados e empregadores do comércio de fim de ano

Lucianna Fogaça, Diretora de RH do escritório Soma Contabilidade explica como quem procura e quem oferece cargos temporários devem agir no ato das contratações

O fim de ano se aproxima, isso significa que a temporada de contratações para serviços temporários está aberta. Mais do que nunca, em anos totalmente atípicos pela pandemia, isolamento social e aumento do desemprego, é de extrema importância movimentar o mercado. De acordo com o IBGE, a taxa de desemprego no Brasil ainda atinge 14,1 milhões de pessoas. Esta é a oportunidade de empresas e de quem procura uma renda extra movimentarem o mercado. Para direcionar empregados e empregadores, Lucianna Fogaça, Diretora de RH do escritório Soma Contabilidade, indica as melhores formas de contratação para ambos os lados.

A Associação Brasileira do Trabalho Temporário (Assertem) projeta que, nos últimos três meses do ano, poderão ser geradas até 400 mil vagas no Brasil. Até 20% dos postos poderão ser efetivadosLucianna Fogaça, Diretora de RH do escritório Soma Contabilidade, afirma que no mês de outubro o setor da indústria tem concentrado as contratações para suprir a alta demanda do mercado, sendo que os principais segmentos que buscam reforços temporários são: alimentos, farmacêutico, embalagens, metalurgia e automobilístico. Já em novembro e dezembro, Lucianna reforça que o destaque será o comércio, seguido pelo setor de serviços para pessoas físicas.

“Com a proximidade do Natal, o comércio abrirá muitas vagas temporárias. Assim, quem está desempregado deve ficar atento às oportunidades que vão surgir. A dica para o trabalhador é procurar uma agência de trabalho temporário, associada e registrada no Ministério da Economia para ter mais segurança na contratação”, adianta Lucianna. Muitas pessoas ainda têm dúvidas de como encontrar um emprego de fim de ano. Apesar de parecer fácil, afinal, as exigências em um trabalho temporário são mais flexíveis, conseguir uma vaga não é tão simples, e você também pode cair em algumas furadas.

Segundo a Diretora de RH da Soma Contabilidade, a principal dica é ficar de olho nas condições de trabalho. Mas há outros pontos importantes para prestar atenção, como a estrutura do currículo. “O currículo tem que ter um efeito de outdoor na rua. O entrevistador tem que bater o olho e selecionar para a leitura. Por isso, o currículo tem que ser atraente e estar conectado com a demanda”. Outro ponto é entender a sua vocação, procure vagas que tenham a ver com sua experiência, mas, acima de tudo, com a sua vocação. “E lembre-se, que o trabalho temporário pode te destacar”, continua.

Vários aspectos devem ser analisados na busca da sua vaga neste fim de ano, porque esta pode ser a sua oportunidade de mostrar habilidades para um futuro emprego efetivo. Sair da inércia renova a energia de quem está um tempo a procura de emprego, aumenta a autoestima e, além disso, rende um bom dinheiro. “Encontrar um trabalho temporário é uma estratégia benéfica não só para conseguir uma renda extra estando desempregado, como também um passo importante para trilhar um futuro promissor”, explica Lucianna. Então, faça a diferença, mesmo que seja por um tempo curto.

E as empresas neste cenário?

Mesmo em uma perspectiva nunca antes vista, as projeções para o fim de ano é que a demanda nos setores comerciais aumente. As empresas, de diversas áreas, se empolgam com as expectativas, por isso, depois de quase dois anos de instabilidade, elas se preparam para esse momento. Para suprir essas necessidades, a solução que os empreendedores encontram para dar conta dessa alta demanda de final de ano é a contratação temporária. Mas, segundo Lucianna Fogaça, Diretora de RH da Soma Contabilidade, ressalta a importância do Recursos Humanos (RH) do empregador estar atento aos detalhes na contratação, para prevenir embaraços trabalhistas.

A mudança na Lei 13.429 em 2017, conhecida como a Lei de Terceirização, tornou mais clara e fácil para as empresas a contratação de funcionários temporários. De acordo com a legislação, “o trabalho temporário é aquele prestado por pessoa física contratada por uma empresa de trabalho temporário que a coloca à disposição de uma empresa tomadora de serviços, para atender à necessidade de substituição transitória de pessoal permanente ou à demanda complementar de serviços”. Porém, Lucianna relembra que é importante tomar alguns cuidados no momento de adotar esse modelo de trabalho.

Ou seja, só podem ser contratados trabalhadores temporários em duas condições: “Para substituir um funcionário ausente (por exemplo, por férias ou afastamento do funcionário) ou para atender a uma demanda complementar, que pode ser decorrente de fatores imprevisíveis ou previsíveis. Neste último caso, ela deve ter natureza intermitente, periódica ou sazonal”, explica Lucianna. O motivo da contratação deve estar explícito no contrato de trabalho temporário. E a empresa contratante não pode utilizar os trabalhadores em atividades distintas daquelas que foram objeto do contrato com a empresa prestadora de serviços.

Lucianna começa as dicas dizendo que para contratar um trabalhador temporário, é necessário que sua empresa procure outra companhia que realize esse tipo de serviço, chamada de prestadora. “É responsabilidade da prestadora de serviços contratar, remunerar e dirigir o trabalho realizado por seus trabalhadores. A admissão nunca deve ser feita de forma direta, para evitar que o funcionário seja considerado um empregado contratado sem prazo determinado”. Ele ainda diz que o contrato de trabalho temporário não pode exceder o prazo de 180 dias, mas poderá ser ampliado por mais 90 dias, totalizando 270 dias.

Os trabalhadores temporários têm seus direitos assegurados pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). “A única diferença é que ele trabalha para a empresa prestadora, e não quem o contratou de fato”, conta Lucianna. Enfim, a empresa que precisa de funcionários temporários ainda tem que se atentar a rescisões de contratos, função desempenhada, segurança, higiene e salubridade dos trabalhadores, processos seletivos, dentre outras exigências. “Aconselho aos empresários buscarem empresas sérias de contabilidade e RH para que possam auxiliá-los nessa contratação”, finaliza Lucianna Fogaça, Diretora de RH da Soma Contabilidade.

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