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Atual gestão municipal não implantou um único programa social permanente

A prefeitura de Aparecida tem uma Secretária de Assistência Social, ocupada pela primeira-dama Mayara Menezes, mas apenas como uma pasta decorativa

Um dado surpreendente – e triste – mostra o vazio que a gestão do prefeito Gustavo Mendanha implantou em Aparecida: apesar e contar com quase 50 mil pessoas inscritas no CadÚnico, o cadastro de vulnerabilidade do governo federal, o município não conta com nenhum programa social em caráter permanente, sob responsabilidade da prefeitura. As administrações federal e estadual  implantaram e desenvolvem inúmeros projetos de solidariedade  em Aparecida.

A União é responsável pelo Auxílio Emergencial, que substituiu o Bolsa Família, enquanto o governador Ronaldo Caiado criou mais de 10 programas sociais, entre eles o Mães de Goiás, que paga R$ 250 por mês a famílias em situação de carência, o Aluguel Social, que subsidia moradia, ou os diversos auxílios financeiros a estudantes, como a ajuda também mensal de R$ 100 reais para todos os alunos das escolas estaduais. Todos esses programas são permanentes.

Apesar de contar com uma Secretaria de Assistência Social, ocupada de forma decorativa pela primeira-dama Mayara Mendanha, a prefeitura aparecidense limita-se a manter o apoio que é obrigada a dar a instituições e abrigos para menores e idosos, além da distribuição aleatória de cestas básicas – que não ocorre sistematicamente, mas apenas em ocasiões extraordinárias.

Mesmo com o impacto da pandemia, que provocou desemprego, a gestão de Gustavo Mendanha não se sensibilizou para as dificuldades das famílias de baixa ou nenhuma renda no município. Muitas, como mostrou uma série de reportagens do Diário de Aparecida, voltaram a passar fome – enquanto uma das principais promessas de campanha de Mendanha, o Banco de Alimentos, continuava, como está até hoje, no papel.

Nos semáforos da região central de Aparecida, assusta a presença maciça de pedintes que utilizam até crianças para tentar conseguir donativos. Igualmente, nos bairros mais periféricos, são os vizinhos que se cotizam para fornecer alimentos básicos para famílias inteiras que não têm o que comer.

 

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