Aparecida

Editorial do Diário de Aparecida: Aparecida não é corrutela

 

Com mais de sete meses desde que iniciou o seu 2º mandato, o prefeito Gustavo Mendanha assiste sem reação a uma estagnação da economia de Aparecida, a essa altura perto de completar anos sem a instalação ou sequer o anúncio de uma nova empresa para o município.

É preciso reconhecer que a pandemia diminuiu o ritmo dos negócios no País e levou à suspensão de muitos investimentos, dado ao clima de incerteza gerado pelas medidas que tornaram inconstante o ritmo do funcionamento do comércio, indústria e serviços – o que, como não poderia deixar de ser, acabou afetando também Aparecida.

Mas, por outro lado, assusta a falta de reação da prefeitura municipal, que tem mecanismos para de alguma forma estimular a geração de empregos e renda – como ocorreu, por exemplo, nas gestões de Maguito Vilela e Ademir Menezes, os grandes responsáveis pela transformação da cidade em um polo industrial que passou a competir em grandeza e poderio diante do que funciona em Anápolis, ainda o 2º maior PIB municipal do Estado.

Mendanha teria o dever de liderar os esforços por uma retomada do desenvolvimento de Aparecida, mas prefere perder tempo com a politicagem e, pior ainda, comprometer os recursos da prefeitura com o inchaço da folha de pagamento, através do mais escandaloso e imoral loteamento partidário de cargos que já se viu em Goiás.

Em vez de facilitar para os empresários, o prefeito dificultou ainda mais, aumentando, por exemplo, alguns impostos municipais e taxas, além de se omitir quanto a qualquer programa que pudesse representar um alento para as forças produtivas de Aparecida – como reclamam diariamente lideranças classistas bem-intencionadas, do naipe de Maione Padeiro, da Acirlag, e de Leopoldo Moreira, da Aciag.

O que se tem, no final das contas, é o 2º maior centro urbano do Estado administrado como se fosse uma corrutela, sem criatividade e sem a necessária racionalidade gerencial, onde ninguém é ouvido e nenhuma opinião é levada em conta, já que a maioria dos que poderiam dizer alguma coisa está pendurada na folha de pessoal e sofreria retaliação imediata caso levante a voz.

Não há planejamento nem uma linha inteligente de trabalho em andamento na Cidade Administrativa, hoje, infelizmente, valhacouto de interesses pessoais, oportunistas, miúdos e sem conexão com as respostas que, com urgência cada vez maior, precisam ser dadas aos desafios que afligem as aparecidenses e os aparecidenses.

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