Aparecida

Editorial do Diário de Aparecida: Cidade sem parques

Com apenas um parque ecológico e mesmo assim em condições precárias de manutenção, ou seja, completamente abandonado pela prefeitura (o Parque Tamanduá, no Setor Garavelo), Aparecida tem um passivo alto em matéria de políticas de promoção do meio ambiente. Ao lado, Goiânia tem mais de três dezenas de espaços requalificados pela administração municipal, a exemplo de parques como o Areião, o Flamboyant, o Cascavel, o Botafogo e o Vaca Brava, propiciando oportunidades de lazer para a população e imprimindo um cartão-postal que reúne beleza e espírito conservacionista para a Capital.
Em sua 1ª gestão, apesar de ter feito a promessa de implantar sete parques ecológicos, Gustavo Mendanha não avançou com nenhum. O compromisso foi repetido na íntegra para o 2º mandato e também continua na estaca zero. O próprio prefeito, para suas atividades físicas ao ar livre, busca outras cidades, como Hidrolândia e mais recentemente Luziânia. Criticado, correu para postar fotos do que chamou de Parque da Família – na verdade, uma pista margeando uma avenida, longe de caracterizar um “parque”.
Infelizmente, a Secretaria de Meio Ambiente de Aparecida é só de fachada, entregue, como tudo na Cidade Administrativa, aos acordos políticos com partidos e vereadores que cimentam a apregoada “unanimidade” da classe política em torno do prefeito e a inexistência de oposição no município. A pasta cumpre funções burocráticas, mas não desenvolve nenhum projeto e não dispõe de qualquer proposta para a sua área teórica de trabalho.
É inconcebível que uma cidade de 600 mil habitantes ou mais não conte com um único parque ecológico para o lazer da sua população e a educação das suas crianças quanto a um dos aspectos mais fundamentais da vida moderna em todo o mundo. Pior ainda quando o dinheiro público que deveria financiar a estruturação dessas reservas da natureza é queimado à toa com as despesas inúteis geradas por uma folha de pagamento inchada e desvirtuada.

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